EDUCAR...E OVOS COM COGUMELOS EM TIGELINHAS
domingo, março 21, 2010Ainda a propósito de Educação...
"Conta-se que o Legislador Licurgo foi convidado a proferir uma palestra a respeito de Educação.
Aceitou o convite mas pediu, no entanto, seis meses para se preparar. O facto causou estranheza pois todos sabiam que ele tinha capacidade e condições, de falar a qualquer momento. E por isso o tinham convidado.
Transcorridos seis meses, compareceu ele perante a assembleia em expectativa.
Postou-se à tribuna e, logo em seguida, entraram criados trazendo quatro gaiolas. Em cada uma havia um animal, sendo duas lebres e dois cães.
A um sinal prèviamente estabelecido, um dos criados abriu a porta de uma das gaiolas e uma pequena lebre branca saiu a correr, espantada.
Logo em seguida, o outro criado abriu a gaiola em que estava o cão e este saiu em desabalada correria, ao encalço da lebre. Alcançou-a com destreza, trucidando-a ràpidamente.
A cena foi dantesca e chocou todos os presentes. Uma grande comoção tomou conta da assembleia e os corações pareciam saltar do peito.
Ninguém conseguia entender o que Licurgo desejava com tal agressão.
Mesmo assim, ele nada falou. Tornou a repetir o sinal convencionado e a outra lebre foi libertada. A seguir, o outro cão.
O povo mal continha a respiração. Alguns mais sensíveis levaram as mãos aos olhos para não verem a "reprise" da morte bárbara do indefeso animalzinho, que corria e saltava.
No primeiro instante, o cão investiu contra a lebre. Contudo, e em vez de abocanhá-la, deu-lhe com a pata e ela caiu. Logo se ergueu e pôs-se a brincar. Para surpresa de todos, os dois ficaram a demonstrar tranquila convivência, saltitando de um lado para o outro.
Então, e somente então, Licurgo falou:
- Senhores, acabais de assistir a uma demonstração do que pode a Educação. Ambas as lebres são filhas da mesma matriz, foram alimentadas igualmente e receberam os mesmos cuidados. Assim, igualmente, os cães.
A diferença entre eles reside simplesmente, na Educação.
E prosseguiu vivamente o seu discurso, dizendo das excelências do processo educativo.
A Educação, baseada numa concepção exacta da vida, transformaria a face do mundo.
Devemos educar o nosso filho, esclarecer a sua inteligência, mas antes de tudo devemos falar ao seu coração, ensinando-o a despojar-se das suas imperfeições. Lembremo-nos que a Sabedoria consiste em nos tornarmos melhores."
Licurgo foi um Legislador grego que deve ter vivido no séc. IV antes de Cristo.
O verbo educar é originário do latim educare ou educcere e quer dizer extrair de dentro.
Percebe-se, portanto, que a educação não se constitui num mero estabelecimento de informações, mas sim de se trabalhar as potencialidades interiores do ser, a fim de que floresçam, à semelhança da bela e perfumada flor.
- Texto retirado de um Pps. da internet.
E, em homenagem a todas as jovens Mães ou Pais que me visitam, gostava de acrescentar:
Nós esquecemo-nos de que somos Animais. Racionais, é certo, mas não deixamos por isso de pertencer à grande família dos Animais. Como tal, temos de ser ensinados desde pequeninos, a falar, a comer, a utilizar objectos, etc. E, porque somos racionais, criámos regras que ajudam a que haja boa convivência entre todos.
É isso a Educação: um conjunto de regras e prácticas que promovem o indivíduo de Animal a Ser Racional.
Para educar é preciso contrariar certos instintos como aquilo a que chamamos "a lei do menor esforço", ou o "salve-se quem puder desde que eu fique bem", etc.
Todos os animais aprendem por imitação, mas com os Racionais, isso só não chega. Como têm compreensão, precisam de perceber as regras e de as cumprir.E, porque vivemos em sociedade, imperativo se torna esse cumprimento, sob pena de sermos rejeitados ou em casos extremos, castigados pela sociedade.
Ora, quando somos pequeninos, não sabemos o que fazemos (somos como animais) e os pais ensinam. E nós desobedecemos (gostamos de medir forças com os adultos) e explicam-nos "que não porque..." e o menino teima. E deve ter castigo imediato para perceber que errou.
Se este processo for rigorosamente cumprido desde os primeiros tempos, em breve a criança se habituará a cumprir regras e a respeitar os Pais.
Uma criança que não foi habituada a cumprir regras vai ser uma pessoa insegura para toda a vida. Nunca respeitará os Pais (nem ninguém), nem mesmo a si própria.
Felizmente, hoje já há muitos Psicólogos que estão a chamar à atenção para esta problemática. E já há muitos Pais conscientes de que é preciso e é urgente mudar as práticas.
Ainda espero ver mudar a Legislação que retira aos Pais a autoridade para educar os Filhos!
E agora, uma receitinha rápida e simples para principiantes ou para quando apetece fazer fim de semana ...de cozinhar (he, he).
Vamos precisar de 4 tigelinhas de pirex ou de porcelana, um tacho largo para cozer os ovos dentro das tigelinhas, uma pinça boa ou pegas para retirar as tigelinhas do tacho.
OVOS EM TIGELINHAS, COM COGUMELOS
Para duas pessoas:
60 g de margarina
100 g de cogumelos frescos
125 g de natas frescas
4 ovos
sal e pimenta q.b.
Lave muito bem os cogumelos em água fria, limpe-os da parte escura do pé, reserve 4 inteiros e corte os restantes em lâminas finas. Deite num tachinho a margarina e os cogumelos cortados e leve ao lume a refogar.
Vá mexendo e, quando estiverem a querer alourar, adicione as natas, mexa e deixe ferver 3 minutos em lume moderado. Retire do lume e tempere de sal e pimenta.
Com uma colher, divida os cogumelos pelas 4 tigelinhas.
Parta os ovos um a um para uma chávena e vá deitando um de cada vez em cada tigelinha.
Deite num tacho largo água quente com cerca de um dedo de altura e coloque lá dentro as tigelinhas com os ovos, ao lado umas das outras. Tape e leve ao lume para assim cozerem em banho-maria. Depois de levantar fervura, conte 7 minutos. Se gostar bem passados, deixe cozer um pouco mais (10 minutos).
Retire as tigelinhas com a pinça, com precaução para não se queimar.
Coloque cada uma num prato sobre um guardanapo e sirva imediatamente.
Notas: - Acompanhe com meios pãezinhos frescos, levemente torrados.
- Com uma salada ou uma sopa simples no princípio e fruta no fim, terá uma refeição completa e económica.
- Pode acrescentar aos cogumelos cubinhos de fiambre ou bacon.
- Receita da Teleculinária n° 156 de 1980.
Bom fim de semana. Beijinhos da
Bombom = Tia Fátima = Avó Fátima
6 comentários
É verdade, aprendemos por modelação. Infelizmente, hoje em dia, muitos pais não são bons modelos que devem ser seguidos. Pelo contrário são o cão que abocanha a lebre sem dó nem piedade. Somos animais e muitas vezes conseguimos ser mais irracionais que alguns animais. Temos muitos bons exemplos de animais selvagens que criaram crianças como suas e, na mãe natureza, todos os dias encontramos pais que são animais irracionais mas que são exemplares modelos que todos deveríamos seguir. Está-lhes no instinto, vem-lhes de dentro :)
ResponderEliminarCom este assunto até me esqueci dos ovinhos com cogumelos :) Para mim é excelente com pão para poder molhar na gema ainda mole :)
ResponderEliminarConcordo. A educação começa em primeiro lugar em casa. Os pais saberem dizer não é muito importante para que os seus rebentos também saibam lidar com a frustração. As crianças terem tudo de mão beijada não é educar.
ResponderEliminarDevem ser deliciosos.
ResponderEliminarBeijinho
Querida Bombom
ResponderEliminarBelos e ricos ensinamentos de Licurgo.
Gostei muito da receita, gostosa e fácil!
Um abraço
Léia
Concordo que o castigo quando deve ser aplicado, deve ser imediato. No entanto sou da opinião que antes de pensarmos nos castigos devemos estimular e recompensar os bons comportamentos. Os resultados em termos futuros são melhores e reforça auto-estima da criança, assim como a vontade de chamar a atenção pela positiva e não pela negativa. Penso que as crianças assumem maus comportamentos para chamar a atenção dos adultos e se a única forma de obterem essa atenção é quando estão a ser castigados, vão continuar a agir do mesmo modo.
ResponderEliminarAcho que pudemos educar melhor se tivermos sempre em atenção o nosso amor pelas crianças. O castigo é nuitas vezes mais fácil de aplicar, mas devemos pensar não só no futuro imediato mas um pouco mais além.
Apesar de algumas diferenças de opinião, especialmente no que toca 'a educação das crianças, gosto bastante do seu blog.
Matilde