VELHARIAS - CONT.



Esta velha panela de ferro, encontrei-a no mesmo sítio das bilhas de que vos falei ontem.
Depois de lixada e pintada, rejuvenesceu e serve para guardar as pinhas da lareira.


Era nestas panelas que se fazia a comida dos porcos.


A comida das pessoas era feita nas panelas de ferro de três pés, como a da imagem acima.


Estes cestos que agora servem para guardar as pinhas para no Inverno acendermos a salamandra, eram usados antigamente para os trabalhos do campo. O grande é do tempo dos meus sogros e chamavam-lhes "cestos vindimos" porque serviam para arrecadar as uvas durante as Vindimas.
O mais pequeno foi deitado ao lixo e eu aproveitei-o. Era nestes cestos que as mulheres levavam a comida para o campo e, muitas vezes servia de berço aos filhos bebés enquanto elas trabalhavam a terra.


Este é um aguadouro, sem o cabo. Quero ver se arranjo um para o compôr. Era com este utensílio que as pessoas das aldeias tiravam a água dos poços ou dos ribeiros, para regarem as hortas.


E para terminar, sabem que objecto é este?
É uma focinheira (não sei se tem outro nome) que se punha no focinho dos bois ou dos burros para eles não morderem. São relíquias do tempo dos meus Sogros que hoje decoram alguns recantos da casa da aldeia e nos lembram os tempos difíceis que eles atravessaram.

Beijinhos da

Bombom (Tia Fátima ou Avó Fátima)

TABELA DE EQUIVALÊNCIAS PARA FERMENTOS DE PÃO


Muitas vezes habituamo-nos a uma qualidade de levedura ou fermento para pão e temos dificuldade em mudar para outra que por vezes até dá melhores resultados.
Aconteceu-me começar a usar levedura seca da Fermipan (Ramazzotti) e, quando esta empresa faliu, mudei para a marca Vahiné. Como esta é muito menos potente, tem menos quantidade por saqueta e fica mais cara, resolvi passar a fazer o pão com levedura fresca de padeiro que compro na padaria do meu bairro ou com aqueles cubos 25 g cada que se vendem nos supermercados.
É que o pão fica muito mais gostoso.
A grande dificuldade foi saber as quantidades a usar, ou seja, as equivalências.
Encontrei-as no livro de que vos fiz referência no post anterior e partilho convosco.

Tabela de Equivalências

Nas receitas deste livro, é usado o fermento seco de padeiro para o Pão e o fermento fresco para os Pães Doces tipo Brioche (viennoiserie).

Para um pão de 600 g (350 g de farinha):
2 colheres de café de fermento seco = 17 g de fermento fresco

Para um pão de 750 g (450 g de farinha):
2,5 colheres de café de fermento seco = 22 g de fermento fresco de padeiro

Para um pão de 1000 g (600 g de farinha):
3,5 colheres de café de fermento seco = 30 g de fermento fresco de padeiro

Espero que vos seja útil!
Beijinhos da

Bombom (Tia Fátima ou Avó Fátima)


WORLD BREAD DAY




Ainda não é desta que participo no World Bread Day internacional. Tenho muito que aprender até conseguir executar os passos todos que são devidos até lá chegar. Essa etapa ficará para o ano.
De qualquer modo, quero associar-me à Festa da Alimentação e ao Dia Mundial do Pão.

Do livro Pain Maison de Cathy Itak, da Marabout Chef, escolhi a receita de Pão Vienense (Pain Viennois ou Pão de Viena).
É um pão doce do tipo brioche, muito fácil de fazer na máquina de fazer pão (MFP)

Pão Vienense

Para um pão de 750 g

250 g de leite morno (quentinho)
25 g de fermento de padeiro (1 cubo)
50 g de açúcar
 70 g de manteiga derretida
450 g de farinha de trigo T55 ou T65
1 colher de café de sal
1 colher de café de sumo de limão (não usei)

Preparação:
Numa tigela pequena desfaça o fermento e o açúcar, em metade do leite quente. Junte o restante leite, misture e verta na cuba da MFP. Acrescente a manteiga derretida, a farinha e o sal.
Programa de Massas Doces (na minha é o 4).


Notas:
- Os pães açucarados douram ràpidamente. Por vezes é necessário parar a cozedura 10 ou 15 minutos antes.
- Eu doseei a tostagem para média e fiz o programa completo.
- Deixe-os arrefecer durante algumas horas porque ficarão mais gostosos.
- Verifique a massa: ela deve ser macia e leve mas não deve colar-se às paredes da cuba.
- Levante a tampa apenas enquanto a máquina está a amassar e nunca durante a fermentação, para que a massa não pare a levedagem.

Experimentem, que vão gostar.
Beijinhos da

Bombom (Tia Fátima ou Avó Fátima)


O PROMETIDO É DEVIDO !


                    Panela de ferro de 3 pés

Há uns tempos atrás, em "conversa" com a dona do 2700milhas.blogspot.pt  
prometi que lhe mostrava as minhas "velharias", muitas delas recuperadas do contentor do lixo da minha aldeia, quando as pessoas resolvem fazer alterações ou simplesmente verem-se livres de objectos a que já não dão valor.

 
Foi o caso destas duas bilhas para azeite e da seguinte que, como estavam ferrugentas, tiveram de ser lixadas antes de receberem a pintura.


Hoje enfeitam um dos recantos do terraço.


Esta estava quase para seguir o caminho das outras, mas a minha Tia I. ofereceu-ma.


Por esta tenho uma estimação especial porque era dos meus Sogros.
Estas bilhas têm todas uma história de partilha, num tempo em que as dificuldades eram muitas.
Quando os filhos partiam para a capital à procura de trabalho, os pais enviavam-lhes estas bilhas com azeite da sua produção, para que não lhes faltasse durante o ano. As bilhas eram "despachadas" pelo combóio.
Se repararem, na asa ainda está o cordel que segurava a tabuínha onde se escrevia o nome e o endereço do destinatário.
A panela de ferro que serve de floreira, na primeira imagem, foi-me oferecida há mais de 40 anos por outra Tia. De tanto uso estava rota e já não lhe servia. Foi preparada e pintada pela minha irmã Z. (Obrigada Mana, lembras-te?)

E ficamos por aqui. Amanhã há mais!

Beijinhos da

Bombom (Tia Fátima ou Avó Fátima)
 

ARROZ DE CURGETE E CENOURA



A receita que vos trago hoje é dedicada a todos os queridos que me inspiraram e ajudaram na construção deste blog. É uma receita simples e rápida, quase sem história, não fosse o ter ficado uma delícia e ter sido elogiada pelo Provador Oficial cá do Meu Estaminé.

Arroz de Curgete e Cenoura

Para 2 pessoas

1 dente de alho picado finamente
1/2 cebola pequena picada
1 folha de louro pequena (sem nervura)
1 colher de sopa cheia de azeite virgem
1/2 curgete peq. aos cubinhos (com casca)
1 cenoura grande aos cubinhos
100 ml de arroz carolino português (lavado)
400 ml de água a ferver
1/2 cubo de caldo para arroz (usei Knorr)



Ferva a água e reserve.
Lave e parta a curgete em cubinhos para uma taça.
Lave e pele a cenoura, parta-a em cubinhos e junte à curgete. Reserve.
Num tachinho deite o azeite, o alho e a cebola picados e as duas metades da folha de louro.
Leve ao lume para aquecer e logo que a cebola comece a ficar transparente, junte os legumes reservados. Se estiver com pouco líquido, acrescente 50 ml de água quente. Tape e deixe suar um pouco em lume brando (5 minutos).
Aumente o lume para forte e junte o arroz, mexendo com a colher de pau para envolver bem.
Acrescente 250 ml de água quente e junte o meio cubo de Caldo para Arroz. Mexa e rectifique de sal. Logo que levante fervura baixe o lume para o mínimo, tape e deixe cozinhar durante 15 minutos exactos.
Não se esqueça de uma vez por outra, mexer cuidadosamente com a colher de pau e, se precisar de mais caldo, acrescentar a restante água quente.

Notas:
 - Sendo apenas 2 cá em casa, dou-vos a quantidade exacta que faço.
 - Se cozinharem para mais pessoas é só "fazerem as contas".
 - No caso de ser só para uma pessoa, congele metade para outra refeição e aqueça no microondas ou em banho-maria quando precisar.
 - Geralmente não uso Caldos de compra, mas uma vez por outra, para variar ou para obter um sabor diferente, uso com parcimónia (só metade e guardo o restante no frigorífico para outra vez).
 - Para um resultado mais saudável use caldo de carne ou de legumes caseiro.
 - Se for Vegetariano, para obter uma refeição completa com proteínas, junte 1 chávena de cogumelos ou de feijão cozido,  grão ou ervilhas.

Tenham uma boa semana. Beijinhos da

Bombom (Tia Fátima ou Avó Fátima)

ARCO DA RUA AUGUSTA - VISITA PANORÂMICA


O Arco da Rua Augusta em Lisboa, é o símbolo da recuperação da Baixa Lisboeta depois do grande terramoto de 1755.
Depois das obras de restauro efectuadas há poucos anos, passou a ser possível visitá-lo e desfrutar da vista maravilhosa que do seu terraço se alcança.

                       Navio de Cruzeiro a sair do Tejo

A entrada faz-se por uma pequena porta no final da Rua Augusta, na parte traseira do monumento, mesmo junto ao Arco. Há dois tipos de bilhetes: um simples para quem quer visitar apenas o Arco  e outro um pouco mais caro que dá também acesso à visita de um Museu ali próximo



A subida de elevador leva-nos a um amplo átrio onde se situa o actual mecanismo do Relógio que em 1941 substituiu o original. Nesta sala está uma breve Exposição Documental que mostra os principais momentos da história do Arco desde que foi pensado em 1759 até à sua conclusão, em 1875.
Sobem-se depois umas escadas estreitas em caracol até ao terraço de onde se podem apreciar de perto as enormes estátuas que decoram este Arco do Triunfo. Como é uma escada muito estreita, tem um Semáforo que nos indica se podemos avançar (verde) ou se lá vem gente (vermelho).



Esta imagem mostra parte do conjunto principal de esculturas que encima o Arco, em que a Glória está a coroar o Génio e o Valor. Por baixo pode ler-se:
"Às virtudes dos Maiores, para que sirva a todos de ensinamento".
Este conjunto é da autoria do escultor Célestin Anatole Calmels.
No plano imediatamente inferior podem ver-se as esculturas de Vítor Bastos que representam personalidades históricas como D. Nuno Álvares Pereira, Vasco da Gama ou o Marquês de Pombal. 
As vistas, essas são fabulosas! (Cliquem para ampliar).

Castelo de S. Jorge

A
           A Sé de Lisboa

Praça do Comércio, com a Estátua Equestre de D. José I

O Cristo Rei e a Ponte 25 de Abril
Falta aqui a fotografia da fachada do Arco da Rua Augusta que ficou por tirar...
Em troca, ofereço-vos esta de uma das Estátuas Vivas com que me deparei quando descia a Rua Augusta.

Um relógio antigo que ficava bem na entrada de um Palácio!

A todos os que por aqui passarem desejo um óptimo fim de semana. Aproveitem o Sol enquanto há!
Beijinhos da

Bombom (Tia Fátima ou Avó Fátima)

DE VOLTA AO MEU ESTAMINÉ...


                                        Acabaram as férias!

Já não era sem tempo!
Depois de umas férias prolongadas, apesar de Setembro mais ter parecido Outubro, cá estou eu a abrir as portas do Meu Estaminé para receber todos os amigos e "clientes" que me visitarem. Sejam Bem Vindos!

Notícias? Há poucas, tudo corre bem, graças a Deus.
Terminei esta semana o tratamento aos maxilares com sucesso e o Médico deu-me os parabéns pela persistência.
Não fiquei a ouvir melhor, infelizmente, mas sabia que era duvidoso. No entanto ficou afastada a hipótese de eu perder os 30% de audição que me restam, devido a esse motivo, o que podia vir a acontecer.
Os maxilares já estão na posição correcta sem métodos invasivos (nem operação, nem medicamentos), apenas com fisioterapia e as "goteiras" (tipo próteses) e exercícios diários (3 vezes ao dia).

                                      Quem diria? Acesa ainda no verão.

Passei o mês de Setembro na Paiágua, a minha aldeia.
Este costuma ser dos meses mais agradáveis, pois as temperaturas são mais amenas e há muita fruta.
Só que este ano ele foi muito atípico: caíu muita chuva o tempo todo e as temperaturas à noite baixaram mais do que é habitual a ponto de termos de acender a salamandra por 3 ou 4 vezes, nas últimas duas semanas do mês.
Valeu que na maior parte dos dias, a chuva caíu sob a forma de aguaceiros, o que permitia nos intervalos, fazer caminhadas a pé pelos caminhos e pinhais.

                       A urze nos pinhais

Já para a fruta, este ano foi um desastre completo. Apodreceram os figos e as uvas.
Salvaram-se as "pêras de inverno" porque ainda estão verdes nesta época.


Como o quintal é pequeno, conseguimos resguardar as videiras cobrindo-as com plásticos. Deste modo pudémos usufruí-las antes que rebentassem com a "rega" forçada.
Se não chover muito mais, os marmelos vão crescer e amadurecer e no fim deste mês vai haver Marmelada!

Por hoje é tudo. Amanhã convido-vos para passearmos um pouco.
BOM OUTONO!

Beijinhos da

Bombom (Tia Fátima ou Avó Fátima)