UMA "FUGIDINHA" ATÉ SERPA

Vista geral de Serpa
 
Na semana passada comemorámos 49 anos de casados, com um passeio pelo Alentejo.
Já só nos faltava conhecer este pedacinho de Portugal (Continental): Serpa, Moura e Barrancos.

Uma das diversas Portas de Serpa

O Centro Histórico intramuros tem muito para descobrir.
O Castelo de origem árabe foi reconstruído nos fins do séc. XIII e ficou muito danificado em 1707. Hoje restam as suas ruínas e grandes extensões de muralhas que embelezam algumas das suas ruas.


As ruas estreitas são ladeadas de casas brancas, umas simples com chaminés castiças de tipo árabe, outras senhoriais como a que se vê na foto acima.


Passeando na Rua dos Fidalgos, encontramos este excerto de muralha de um lado e no lado oposto uma série de casas burguesas do séc. XIX ...


...com o escudo heráldico indicativo da família.

Serpa tem muitos motivos de interesse: o Museu de Arqueologia, o Museu de Etnografia, o Museu do Relógio, o Palácio dos Condes de Ficalho,  diversas Igrejas, a Torre do Relógio ( que está toda tapada por causa das obras) e um belo Jardim Municipal que está fechado há 2 anos porque há-de entrar em obras(!!!) e só se vê de fora. São as incongruências de uma Autarquia que tinha a obrigação de ser mais eficiente.
A esta minha crítica acrescento outra que é o facto de estar muito mal assinalada para os turistas. Andámos perdidos umas poucas de vezes e valeu-nos a população que é de uma atenção e simpatia extrema.


Esta é a fachada da Igreja de Santa Maria que fica situada no Largo dos Santos Próculo e Hilarião e em frente da qual se ergue a Torre do Relógio.
Os Santos Próculo e Hilarião, que estão representados sobre a porta, são naturais de Serpa, o que para mim foi uma novidade. 
Ficámos alojados na Casa de Serpa, um Turismo Rural muito simpático que fica situado mesmo no centro histórico.
No dia seguinte rumámos a Moura e Barrancos. O relato vem já a seguir...

Beijinhos da 
Bombom 

SOPA DE BELDROEGAS



As beldroegas são uma planta que se dá bem aqui na minha aldeia da Beira Baixa.
São consideradas como uma planta inferior, tal como a urtiga branca e pouca gente as aproveita.
No entanto, é uma planta que contém potássio, cálcio, ferro, magnésio e selénio. É rica em Ómega 3 e vitamina A, B e C, ácido fólico e salicílico e glutationa que protege as células dos processos carcinogénios.
Tem folhas pequenas e carnudas e com elas se faz uma sopa deliciosa. 
No Alentejo é muito famosa esta Sopa que é acompanhada no prato por fatias de pão alentejano  e pedaços de queijo de cabra seco ou fresco.


Como nascem rente ao chão, têm de se escolher e lavar muito bem. Só se aproveitam os raminhos verdes e descartam-se todos os talos (que são muito rijos).

Sopa de Beldroegas

1 bom molho de beldroegas
1 cebola grande
2 dentes de alho
1 folha de louro (sem a nervura do meio)
3 colheres de sopa de azeite virgem
1 pitada de sal e pimenta
400g de batatas ou 1 curgete em dados pequenos
 1 litro de água quente (ou um pouco mais se necessário)

Preparação:
Lave muito bem as beldroegas e escolha os raminhos pequenos e folhas. Reserve.
Descasque a cebola e os alhos, lave-os e seque numa toalha de papel. Pique-os e reserve.
Descasque as batatas, lave-as e corte-as às rodelas. (Não usei).
Se preferir, lave e descasque a curgete e parta em dados pequenos.

1 - Num tacho aqueça o azeite e salteie a cebola, os alhos picados e o louro. Quando a cebola começar a alourar junte as beldroegas e deixe cozinhar mais um pouco. Retire o louro e descarte.
2 - Junte 1 litro de água e acrescente as batatas (se usar) e a curgete. Tempere de sal e pimenta e deixe levantar fervura. Reduza o lume para mínimo e deixe cozinhar por 30 a 40 minutos.


 Nota:
- Não usámos batatas, por opção.
- Acompanhámos com fatias de pão torrado e queijo fresco.
- Foi a primeira vez que fiz e que provámos e gostámos muito.

Com um abraço da vossa Amiga

Bombom