BOLO DE CARNES



Vocês não sabem, mas esta foto está "falsificada" (he,he)!
Fiz este Bolo de Carnes (ou Bola, se preferirem) para o nosso jantar de ontem, apenas com metade da dose da receita, pois era apenas para dois comensais. O que sobrasse, seria congelado para próximas ocasiões.
Quando ficou pronto, parti um terço que pus na mesa e nem me lembrei das fotos.
Valeu-me a sorte de ter sobrado o cantinho que deu para compôr o Bolo e fotografar!
Mas, aventuras à parte, adorei esta receita: é muito fácil de preparar, é económica, rápida, rende muito e tem uma massa surpreendentemente fofa e saborosa.
A receita é da Teleculinária da Páscoa de 1982 e foi oferecida pela Sra. D. Maria Fernanda Robalo, da Parede.
O Bolo de Carnes é apresentado numa forma de bolos com buraco, mas eu fiz só meia dose e utilizei uma forma de bolo inglês.
A dose que eu fiz dá bem para 4 pessoas, por isso, a receita original deve dar para 8 ou 10. É ideal para uma festa ou piquenique!
Dou-vos a receita original e, à parte, dou-vos a de metade como eu fiz.


Bolo de Carnes                                                                      

1 cháv. de óleo (200 ml)
4 ovos
1 cháv. de leite (200 ml)
3 cháv. de farinha de trigo (600 ml)
2 colheres de chá bem cheias de fermento em pó
1 colher de café de sal fino (cuidado com o sal)
1 e 1/2 ou 2 cháv. de restos de carnes (frango assado, fiambre, paio ou salpicão)
1 ovo

Ingredientes para meia dose (4 pessoas)

100 ml de óleo   (usei metade óleo, metade margarina líquida)
2 ovos grandes
300 ml de farinha de trigo (uso Branca de Neve)
1 colher de chá de fermento em pó
1 pitada de sal fino ou flor de sal (não usei)
2 cháv. de restos de frango assado, fiambre e paio
1 colher de chá de ervas de Provença ou tomilho

Desfie as carnes, limpe-as de todos os ossos e peles; corte o fiambre, o paio e o salpicão em tirinhas; corte o chouriço às rodelas finas. Unte muito bem uma forma de bolo, com margarina. Aqueça o forno a 180° C.
Numa tigela junte a farinha, o fermento e o sal (pouco porque as carnes já têm sal) e misture bem com a colher de pau.
Na batedeira, bata muito bem o óleo com os ovos durante 5 minutos (à mão bata 20 minutos).
Junte depois a farinha e o leite, aos poucos, alternadamente e mexendo sempre, pois fica uma massa meio mole, como a dos bolos.
Deite uma fina camada de massa na forma. Por cima, espalhe uma camada de carnes e enchidos, excepto o chouriço. Deite outra camada de massa, outra de carnes e vá alternando de modo que a última seja de massa. Por fim, bata o ovo e deite-o por cima e espalhe as rodelas de chouriço. (Omiti esta parte e não usei o ovo nem chouriço). Leve a cozer em forno médio durante 40 a 45 minutos (faça o teste do palito).
Retire do forno e deixe arrefecer um pouco antes de partir. Desenforme com cuidado.

Nota:
- Como usei a forma de bolo inglês, foi fácil forrar com papel vegetal de culinária; não precisa untar nada, não suja a forma e retira-se fàcilmente o papel com o bolo, porque não se agarra.
- Se for servido como refeição, pode ser acompanhado com uma boa salada mista e um Molho de Tomate , Compota de Cebola Roxa, Compota de Malaguetas, ou de Sweet Chilly .

Uma boa semana para todos.
 Beijinhos da

Bombom (Tia Fátima ou Avó Fátima)

VINAGRE BALSÂMICO



Este é mais um dos deliciosos temas do livro de que vos falei aqui:
http://receitasdatiafatima.blogspot.pt/2014/01/origens-da-palavra-marmelada.html

Desde longa data, sempre fui apreciadora do Vinagre Balsâmico.
Li algures, que era um vinagre especial, fervido com açúcar e especiarias e fiquei com imensa vontade de descobrir a receita, mas nunca cheguei lá, claro. Mal sabia eu, que esta informação é um erro, de gente tão ignorante como eu! Ou melhor, é uma falsificação generalizada que nos faz comprar "gato por lebre", a um elevado preço.
Vinagre Balsâmico, só existe em Itália, nas regiões de Modena e de Regio Emilia e está certificado como DOP (Denominação de Origem Protegida) e IGP (Indicação Geográfica Protegida).
É preparado a partir de determinadas castas de uvas da região (Ancellotta, Fortana, Lambruschi, Montuni, Occhio di Gatta, Sangiovese, Trebbiani ) e segundo um método tradizionale herdado desde os tempos do Império Romano.

"Foram os romanos que descobriram o vinagre de vinho (acetum) ao verificarem que a fermentação do mosto das uvas acidificava com a acção do calor.
O Imperador Tibério, chamava ao vinagre de Sorrento o generosum acetum, pois este vinagre proveniente da região da Campânia, era bastante doce e tinha cerca de 25 anos de envelhecimento.
O mosto cozido preparado pelos romanos, podia ser usado como remédio, (daí vem o nome de balsâmico), como aditivo para misturar no vinho, ou para adoçar preparações culinárias, misturado com mel.
Esta técnica ancestral, foi um importante legado que os italianos receberam e aperfeiçoaram, na região de Emilia-Romanha.
Durante muitos séculos, foi mantido o segredo da sua confecção, mas em 1860 Francesco Aggazzotti escreveu uma carta onde explicava o método. Hoje sabe-se que o mosto é cozido em panelas de cobre a uma temperatura mínima de 80° C, durante 30 minutos. O líquido é filtrado e guardado em barricas.
Para obter a certificação tem de passar por uma bateria de 5 pipas com capacidades entre 50 e 10 litros, mas alguns produtores têm a sua própria receita e usam 7 pipas feitas de madeiras diversas (castanheiro, carvalho, zimbro, cerejeira, freixo e robinia (acácia-bastarda).
O vinagre é colocado na pipa maior e, a cada 18 meses no mínimo, é transferido para o tamanho abaixo, até chegar ao mais pequeno."
(Com este percurso, ao longo dos meses vai evaporando e diminuindo o seu volume, o que o torna um produto escasso e por isso, de elevado preço, acrescento eu).
"Para ser considerado tradizionale, o envelhecimento tem de ser superior a 12 anos ou a 25 anos.
Esta distinção é feita através do selo vermelho, que identifica os de 12 ou mais anos de estágio, e o selo dourado para os superiores a 25 anos.
No caso do Aceto Balsamico di Modena IGP o processo é mais simples, rápido e económico, mas continua a ser um vinagre acima da média. O mosto pode ser fermentado ou cozido e depois de filtrado é misturado com uma porção de vinagre com mais de 10 anos de envelhecimento e cerca de 10 por cento de vinagre de vinho normal (sem mosto). A mistura é colocada em barricas de madeira por um período mínimo de 60 dias, antes de ser engarrafado. Se o deixarem envelhecer em pipa única durante 3 anos, é classificado como invecchiato (envelhecido). A certificação deste método em 2009, veio evitar os abastardamentos à tradição, como acontece com grande parte dos supostos "vinagres balsâmicos" que se encontram em qualquer prateleira de supermercado, feitos à base de caramelo."
Para terminar, o testemunho do autor Fortunato da Câmara:
"Quando se tem a oportunidade de experimentar um balsâmico tradicional, o encontro com a excelência é imediato. ,,, A proporção e o tipo de castas usadas na preparação do mosto, a diversidade de madeiras existentes nas barricas de envelhecimento ou o período de estágio em cada uma delas, são algumas das variantes que fazem o estilo de cada produtor. A complexidade de aromas, a tonalidade do corpo e a densidade de sabores que se pode encontrar num verdadeiro balsâmico, conferem-lhe uma personalidade única."
...   ...   ...   ...   ...
Este foi um pequeno resumo, que vos ofereço com um pequeno bombom (he,he), desejando que o autor Fortunato da Câmara não se zangue comigo pelas transcrições que fiz, do seu texto.
Se tiverem oportunidade, não deixem de adquirir este livro que fala das mais diversas receitas "sem nos dar nenhuma"! Mas todas são Uma Delícia.

Tenham um óptimo Domingo. Beijinhos da
Bombom (Tia Fátima ou Avó Fátima

4 ANOS DE O MEU ESTAMINÉ



Passa hoje o 4° Aniversário do Meu Estaminé.
Entretida com outros aniversários e encontros de amigos, ia-me passando despercebido!
E, se calhar, ia ficar amuado comigo, he,he.

No sábado, dia 18, a minha Mãe completou 98 anos.
À sua volta reuniram-se muitos filhos, netos e bisnetos. Uma casa cheia!
Ela estava muito feliz "com os pintos todos" à sua volta.
Está muito lúcida, mas frágil por causa da osteoporose.
Desloca-se com canadianas e sempre amparada por alguém.
Já vê muito mal, mas ainda consegue fazer as palavras cruzadas de que tanto gosta.
Adora ler, mas já tem muita dificuldade.
Os anos já são muitos e a cada um que passa, pedimos aos Céus mais um ano de vida com Saúde.
AMEN!

O Meu Estaminé foi congeminado há 4 anos, numa festa dos anos da minha Mãe.
Foram os meus sobrinhos que deram os passos necessários para o seu início (eu ainda percebia muito pouco dos meandros da internet) e por isso lhe deram o nome de Receitas da Tia Fátima.
Depois, o filho Arquitecto ajudou a embelezar a fachada e as montras, porque eu idealizei O Meu Estaminé, como uma loja onde se "vende" e se fala de tudo.
A ideia inicial, era partilhar com os familiares e todos os amigos, a minha experiência no campo da Culinária, mas também outros Saberes que, ao longo destes 70 anos, fui amealhando e gostava de "distribuir".
Hoje são eles os meus grandes Fans, mas muitos mais se lhes juntaram, pela magia da Blogosfera!
São 367 os Seguidores e as Visitas ou visualizações de quem procura sugestões, chegaram às 418 948.
Assim, neste dia de Aniversário, os PARABÉNS são para todos os que me ajudaram neste empreendimento, os que me animaram a prosseguir, os que me visitam, os que me deixam comentários, os que se tornaram Amigos...
Para todos, um grande OBRIGADA, do coração.

Aqui fica o link do 1° post do Meu Estaminé, para recordar...
http://receitasdatiafatima.blogspot.pt/2010/01/queijinhos-frescos.html

Muitos beijinhos da

 Bombom ( Tia Fátima ou Avó Fátima)

CASCAS DE LARANJA CRISTALIZADAS



Há algum tempo, quando vos apresentei as geléias de Casca de Laranja, uma leitora falou-me nas cascas de laranja cristalizadas. Há tantos anos que não as faço! Já nem me lembrava bem da receita, mas valeu-me O Livro de Pantagruel que é a Enciclopédia das receitas, como eu lhe chamo.


Eu fiz só com as cascas de 3 ou 4 laranjas (150 g).  Acho que é o ideal para começarem esta experiência e perderem o receio.

Cascas de Laranja Cristalizadas

Cascas de laranja (demolhadas e cortadas em tiras finas)
Açúcar branco - o mesmo peso

1 - Na véspera à noite, deitam-se as cascas de laranja num alguidar e cobrem-se com água fria a que se juntou 2 colheres de chá de bicarbonato de sódio (para perderem o amargo ràpidamente). No dia seguinte, passadas 12 horas, despeja-se a água e lavam-se as cascas em água corrente ( o mesmo procedimento que se tem para a Geléia de Cascas de Laranja). Depois voltam a pôr-se no alguidar com água limpa, até à hora da confecção ( eu só fiz ao início da tarde).

2 - Escorrem-se as cascas e cortam-se em  pedaços com 5 ou 6 cm de comprimento e depois cortam-se estes em tiras finas.



3 - Põe-se um tacho de inox com água ao lume, para ferver. Quando levantar fervura deitam-se as cascas e deixa-se ferver durante 5 minutos ( a receita original diz 1 minuto, mas eu prefiro que elas cozam ligeiramente). Retiram-se do lume, escorrem-se num passador, e põem-se sobre um pano limpo para retirar o máximo de humidade.
Pesam-se as cascas.
Unta-se a pedra da bancada com um pouco de óleo (vai ser precisa para arrefecer as cascas).

4 - Em seguida deita-se no tacho o mesmo peso de açúcar com 3 colheres de sopa de água (usei da de cozer as cascas) e leva-se ao lume mexendo com a colher de pau para ele derreter. "Logo que começa a ferver, vai-se sempre mexendo até chegar a ponto de cobrir, isto é, o mais grosso possível" ; (fica com o aspecto de uma massa esbranquiçada e grossa que não derrete). Nessa altura, deitam-se as cascas lá para dentro e, como levam sempre alguma humidade, mesmo que tenham sido bem enxutas, o açúcar perde um pouco o ponto. Torna-se necessário deixá-las ferver novamente até enxugarem, mexendo constantemente para não pegarem e irem absorvendo todo o açúcar.


5 - Logo que tenham absorvido todo o açúcar, despejam-se na bancada já untada, e separam-se imediatamente com uma faca. Polvilham-se com açúcar branco e deixam-se arrefecer.


Conservam-se em recipientes fechados.

Notas:
- Nesta última fase, antes de retirar do lume, deito logo uma mão cheia de açúcar sobre as cascas para elas não se pegarem tanto. Retiro do lume e já na bancada, deito mais um pouco de açúcar e separo-as ràpidamente. Elas arrefecem logo um pouco e, com as mãos, envolvo-as no açúcar que ficou na bancada.
- Não se assustem por a receita ser tão "comprida"; é para perceberem bem todos os passos e não falhar nenhum. Na prática é bem rápido, faz-se em cerca de 30 minutos.

Desejo a todos um óptimo Domingo.
Beijinhos da

Bombom (Tia Fátima ou Avó Fátima)

ORIGENS DA PALAVRA MARMELADA



O dia de hoje amanheceu cinzento e chuviscoso e a tarde pingona  pede o aconchego de um Bolo quentinho e perfumado e um Chá fumegante para aquecer a alma.
Depois, podemos enrolar-nos na mantinha ao calor de uma lareira (ou de um simples aquecedor eléctrico como é o meu caso aqui na cidade) e deliciarmo-nos com um bom livro para ler.
O livro de que vos falo hoje foi premiado com um Prémio Internacional, no mês de Dezembro.
Chama-se Os Mistérios do Abade de Priscos - e outras 80 histórias curiosas e deliciosas da gastronomia.
O seu autor é Fortunato da Câmara, um Jornalista  especializado em Gastronomia.

"Um livro sobre receitas, que não contém nenhuma...
Porque há pedaços de História que se podem saborear sem dar uma única dentada!"
 
Ainda não li tudo, mas posso dizer-vos que é um livro para ler e degustar, digerir e assimilar.
Muito interessante, pois geralmente conhecemos as receitas, algumas muito célebres, reproduzimo-las nas nossas cozinhas, mas não sabemos de todo qual a sua origem. E aqui, entra a História e a Cultura que nos podem enriquecer.
Só para vos dar "um cheirinho" (os autores não gostam de ver as suas obras copiadas e eu respeito muito essa permissa), falo-vos um pouco sobre as origens da MARMELADA.

Num dos mais antigos livros de receitas recolhidas entre 1400 e 1500, nos manuscritos da infanta D. Maria, aparecem duas receitas de Marmelada: a "marmelada de Ximenes" e a "marmelada de D. Joana", sendo que a de Ximenes é a mais parecida com a que ainda fazemos hoje.
Com a diáspora dos Portugueses através das viagens dos Descobrimentos, muitas das nossas receitas foram levadas e adaptadas noutros países.
"A marmelada é um belo exemplo de uma receita que se dispersou pelo mundo e sobreviveu mais ou menos intacta, decorridos que estão cerca de cinco séculos desde as primeiras referências que se conhecem. Não descobrimos os doces de fruta, mas ajudámos a divulgá-los através da palavra marmelada que, ao ser publicada no documento Um Tratado da Cozinha Portuguesa do séc. XV, dá início a um novo sinónimo internacional.
A palavra marmelada foi replicada a partir do português para outras línguas como marmelade em francês, marmellata em italiano ou marmalade em inglês. A expressão aplica-se a todo o tipo de conservas de fruta em açúcar. Para os ingleses, a marmelada de marmelos é "quince cheese" ou "queijo de marmelo".
....     ....    ....
" A  marmelada chegou a Inglaterra através de comerciantes portugueses, em finais do séc. XV. A primeira referência ocorre no ano de 1524, quando o nobre Hull of Exeter ofereceu  "one box of marmalade..." ao rei Henrique VIII.
Os britânicos pegaram na técnica de confecção e aplicaram-na às laranjas. Daí que a marmelada inglesa tradicional seja feita com a casca e a polpa de laranjas sevilhanas. Só a partir do séc. XVIII é que as marmeladas deixaram de ser um doce consistente que se podia cortar à faca e se diversificaram em compotas de maçã, pera, ameixa, cereja e até de gengibre."
....    ....    ....   

Nota: Assinalei entre "aspas" os excertos retirados do livro.
Espero que tenham apreciado tanto como eu.
Aqui fica um link para um óptimo Bolo de Marmelos. Se já não tiverem podem usar maçãs.
 http://receitasdatiafatima.blogspot.pt/2011/11/tarte-de-marmelos.html

Tenham um resto de semana muito feliz.
Beijinhos da

Bombom (Tia Fátima ou Avó Fátima)

GELÉIA DE CASCA DE LARANJA



Vi esta receita aqui: http://sweetmykitchen.blogspot.pt/2012/02/geleia-de-casca-de-laranja.html
A receita está explicada para quem tem Bimby, mas eu gostei tanto do aspecto "molhadinho" da geleia, que transpus à minha maneira para o papel. " Vamos ver no que dá, disse de mim para mim (he,he)"!
E ia dando bronca, claro, para não me armar em esperta. A Tia Fátima é que me gozou à grande: -"Metes-te em cavalarias altas, agora aguenta-te"!
Eu segui a receita quase à risca (digo quase porque fiz no fogão de gás).
Tal como a receita indica, cozi as cascas durante 30 minutos, num tacho normal.
O problema foi quando quis triturar as cascas (mal) cozidas. Foi o fim da macacada na minha cozinha!
Primeiro usei a varinha mágica, e não resultou.
Fui buscar o copo liquidificador da 123 e não resultou.
Por fim usei o velhinho passe-vite e também me vi grega.
Valeu-me que, com tantas tentativas e depois de muito esforço, lá consegui aos poucos e poucos, obter umas casquitas mais ou menos desfeitas em pequenos grânulos.
E foi com eles que avancei para a confecção da Geléia, que ficou com um óptimo aspecto, uma cor linda e um sabor muito agradável.


Da próxima vez, cozo as cascas na panela de pressão! Acho que é este o segredo do sucesso.

Geléia de Casca de Laranja

200 g de cascas de laranja com a parte branca (cerca de 3 laranjas)
600 + 600 ml de água
2 colheres de chá de bicarbonato de sódio
500 g de açúcar
6 rodelas de gengibre fresco, descascado

De véspera, coloque as cascas numa taça com 600 ml de água e o bicarbonato de sódio dissolvido.
Deixe de molho durante 12 horas. Findo esse tempo, escorra as cascas e passe-as por água corrente.
Coloque a restante água na panela de pressão e deixe cozer bem.
Retire do lume e deixe arrefecer por alguns minutos.
Reserve o líquido e triture aos poucos na 123 ou passe as cascas pelo passe-vite com o ralo mais largo.
Ponha o líquido reservado num tacho e junte o açúcar e o gengibre.
Leve ao lume e deixe ferver durante 10 minutos, até fazer uma calda. Junte então o puré de casca de laranja e deixe ferver em lume brando até atingir o ponto de geléia.
Guarde em frascos esterilizados, cobertos com uma rodela de papel vegetal embebido em álcool e feche com tampa hermética.

Nota: O bicarbonato de sódio neutraliza o amargo das cascas de laranja, em poucas horas. Se não o utilizar, deve pô-las de molho durante 48 horas, mudando a água 3 vezes ao dia.

E SE HOJE FOSSE O DIA DE REIS?...


                    Postal feito pelo meu netinho D. na Escola, com papel de revistas

O dia 6 de Janeiro é tão festejado em Espanha, como o dia de Natal é festejado entre nós.
Em Portugal não pode faltar na mesa o Bolo Rei que, digamos assim, já não é o que era.
Até entrarmos para a então CEE, todo o Bolo Rei tinha de levar uma fava e uma pequena prenda, muito bem embrulhadas em papel vegetal ou de seda, e escondidos na massa do bolo.
Para quem encontrava o presente era uma alegria. Quem encontrasse a fava, já sabia que tinha de pagar o próximo bolo.
Quando Portugal entrou para a CEE, fomos proibidos de continuar esta tradição e os "portugas" acataram a ordem "superior", sem qualquer contestação. Parece que os senhores da Europa tiveram medo de se engasgar!
Mas os espanhóis, continuam a fazer e vender ao público o Bolo Rei com o presentinho e a fava. Parece que a UE trata uns como  filhos e outros como enteados!
Ou será que se cumpre apenas o ditado que diz "quanto mais te abaixas, mais o -- se te vê"?!...
Deixo-vos as fotos de uma das minhas colecções, a das Prendas do Bolo Rei, hoje já uma relíquia.

                            Aproveitando uma caixa de bombons


                                    Os 3 mais pequenos à direita: cágado, coelho, canastra com peixes.




Mesmo fora de tempo, aqui fica o "post" que devia ter ido "para o ar" no dia de Reis.
Graças ao Arquitecto de serviço ao Meu Estaminé, conseguimos descobrir que o erro é do Firefox.
Obrigada D, meu filho, pela ajuda.

Beijinhos da
Bombom (Tia Fátima ou Avó Fátima)

FELIZ DIA DE REIS! ...ABAIXO O GOOGLE!!!


Este era o título da minha prosa no dia 6 de Janeiro.
Quis o sr. GOOGLE, fazer-me uma partida e não me deixar meter as fotos pretendidas.
Ao clicar na "janelinha" das fotos, apareceu-me um aviso a dizer:

                 Google
Inicie a sessão para poder seleccionar um item
do seu armazenamento on-line.
                 Iniciar sessão

Ao carregar para "iniciar sessão" , (que já estava iniciada para entrar na minha página do blogger!!!)
aparece o sítio para meter a password outra vez.
Meto a dita cuja e pára tudo e diz ERRO.
Cheguei a procurar "Ajuda", mas os itens que lá vinham nenhum se coadunava com o meu problema, e resolvi esperar.
A espera já leva 3 dias e continuo a ser bloqueada.
Como eu pedi "Ajuda", ontem tinha na minha caixa de correio um e-mail do Google, da equipe de satisfação do cliente do Contas do Google. O título dizia assim:
Avalie sua visita à Central de Ajuda do $ (Help Center Name)
He, he, já viram bem o cifrão antes do Help Center Name?
O que quererá dizer?!!
Escusado será dizer que os itens de ajuda deles eram os mesmos que eu já tinha visto e não me serviam.
Ingènuamente, escrevi a minha reclamação no sítio onde dizia Responder. A resposta foi um "Delivery" não sei das quantas, que o endereço estava errado ou aquele e-mail não existe!
Então o sr. GOOGLE escreve-me um e-mail e não existe?

Quando vi o cifrão no título, lembrei-me logo das blogueiras que já tiveram de abandonar o Blogger (serviço do Google) por eles exigirem dinheiro para poderem continuar a meter fotos. Será que eles querem o MEU DINHEIRO? Já me chega a Troika!

Eu estou desconfiada que aqui há uma grande vigarice, a menos que seja uma grande descoordenação do Blogger ou do Google:
Há algum tempo, precisei de uma foto que já tinha usado no meu blog e procurei-a. Qual não foi o meu espanto, quando vejo 5 ou 6 fotos iguais, repetidas. Assim é fácil atingirmos o limite das que nos são permitidas! E, mais uma vez, "quem se lixa é o mexilhão"...
Desculpem-me o desabafo. Não é esta a melhor maneira de entrar no Novo Ano.

Beijinhos da
Bombom (Tia Fátima ou Avó Fátima)


BATATAS D` ALMOçO


Do livro Marvão, à Mesa com a Tradição, ofereço-vos a receita de Batatas d`Almoço.

"A pobreza das gentes, levava a que se aproveitasse ao máximo o que a terra dava.
Como as batatas davam para o ano inteiro, integravam a maior parte dos pratos que se confeccionavam no concelho de Marvão. Quando mais nada havia para lhes acrescentar, faziam-se as Batatas d`Almoço que, muitas vezes, eram comidas ao jantar."

"A frequência com que se fazia este prato originou uma cantiga sabida por todos:
                                           Batatinhas ao almoço,
                                           Batatinhas ao jantar;
                                           Tantas vezes batatinhas
                                            Já me estão a chatear!"

Batatas d`almoço

Para 4 pessoas


6 batatas médias
1 cebola grande
1+ 2 dentes de alho
1 colher de sobremesa de colorau
1 colher de sopa de pimento-da-horta
ou 1/2 pimento verde ou vermelho
1 dl de azeite (100 ml)
sal q.b.
água q.b.
1 folha de louro
1 raminho de salsa

Descascam-se as batatas, as cebolas e os alhos.
Cortam-se as batatas em rodelas ou em meias luas. Pica-se a cebola e 1 dente de alho.
Ao lume, coloca-se uma caçola de barro (um tacho ou caçoila) com o azeite, deita-se a cebola e 1 dente de alho picados e deixam-se alourar.
Junta-se o colorau e o pimento-da-horta ou o pimento verde às tiras, as batatas, o louro e a salsa.
Misturam-se todos os ingredientes e deixam-se refogar um pouco.
Rectificam-se os temperos e adiciona-se água a gosto. À medida que a sopa vai cozendo, vai-se mexendo e esmigalhando algumas batatas com a colher (de pau), para que o caldo fique mais grosso.
Quando a sopa estiver pronta, acrescentam-se os 2 dentes de alho restantes, picados, para dar mais gosto.
Se se desejar, quando a sopa está a cozer, pode juntar-se um rabo de bacalhau ou uma farinheira, obtendo assim um gosto diferente.

- Marvão à Mesa com a Tradição - Sabores da Panela

Esta receita simples mas tão saudável e nutritiva, pode enriquecer-se juntando cogumelos fatiados que são ricos em proteínas, ou então com quadradinhos de soja demolhada prèviamente em água fria.
Obtemos assim uma óptima Refeição Vegetariana.

MARVÃO, À MESA COM A TRADIçÃO



Tal como tinha prometido, hoje venho apresentar-vos um livro de que gostei muito.
É um livro em que as autoras se dedicaram a recolher receitas antigas e tradicionais da zona de Marvão, no Alto Alentejo, junto das pessoas mais antigas das aldeias do seu Concelho. E publicaram-nas "sem omitir segredos", para que não se perdessem com o tempo ou com as modas do "fast-food".
Mas não é apenas isso. Tanto o Prefácio do Dr Jorge de Oliveira como o Editorial das Autoras, são um percurso pela História das Gentes de Marvão e da sua Gastronomia, através dos séculos.
Mesmo quem não gosta de História, poderá enriquecer a sua Cultura com estes apontamentos tão bem escritos e ilustrados com fotografias, num texto de leitura muito agradável.
O livro, das Edições Colibri, vai na segunda edição.
Estão de parabéns as suas autoras, Teresa Simão, Adelaide Martins e Emília Mena.

FELIZ 2014!

Beijinhos da

Bombom (Tia Fátima ou Avó Fátima)

HAPPY NEW YEAR! FELIZ 2014 !



Que o espírito do Natal perdure por todo o Novo Ano que hoje começa.
Que o Amor, a Fraternidade, a Compreensão e a Solidariedade não sejam palavras vãs nos nossos corações. Que eles se renovem em cada dia e nos fortaleçam para podermos enfrentar os desafios que em cada dia se nos deparam.
Feliz 2014!


 Ao iniciar este Novo Ano, trago para a "montra" do Meu Estaminé, os 2 livros de Gastronomia que recebi neste Natal. Uma homenagem especial para os meus Filhos e Noras que estão sempre atentos ao que me dá prazer!
Pelo que já li, são dois livros diferentes, mas muito interessantes. Falar-vos-ei deles nos próximos "posts".

Desejo que passem um Dia de Ano Novo muito agradável e em boa companhia.
Beijinhos da
 
Bombom (Tia Fátima ou Avó Fátima)