OS SEGREDOS DA "PAVLOVA"


Toda a gente sabe o que é uma Pavlova, mas como há sempre algum novato a chegar ao mundo da Culinária, nunca é demais repetir.
A Pavlova é uma espécie de bolo feita com uma base de suspiro ou merengue, coberta e decorada com calda de frutos, ou chantilly e frutas frescas, ou molho de chocolate, ao gosto de cada um.
Esta sobremesa foi inventada em homenagem à bailarina russa Anna Pavlova quando ela se deslocou à Austrália e Nova Zelândia. Embora estes dois países reclamem a sua invenção, a receita mais antiga que se conhece é da Nova Zelândia.
É um doce popular na Oceania, em todas as festas tradicionais e hoje está muito divulgada graças aos blogs de culinária. Mas... há sempre um mas, a sua confecção, embora simples, tem alguns segredos para não ficar abatida, estalada ou partida, como vemos na maior parte das fotos que a ilustram por aí.
A pensar nisso, a minha amiga Elsa Silva que tem no Facebook a página Os Meus Bolinhos Caseiros, deu uma série de dicas interessantes que muito ajudam quem quiser obter um bom resultado. Partilho-os aqui convosco, com os devidos agradecimentos.

Pavlova - Instruções

1 - Para uma boa Pavlova deve usar claras congeladas, descongeladas 2 dias antes fora do frigorífico, à temperatura ambiente.
2 - Deve bater muito bem as claras e usar açúcar em pó (de confeiteiro). Em alternativa, use açúcar branco fino, pulverizado na 123.
3 - Nunca junte o açúcar todo de uma vez. Deite aos poucos e vá continuando a bater entre cada adição.
4 - O merengue deve ficar bem duro e não cair das pás do batedor.
5 - Deve levar-se ao forno previamente aquecido a 150º, durante 1h e 10m.
6 - Desliga-se o forno e deixa-se a arrefecer de um dia para o outro, lentamente.
7 - Se a Pavlova for de Chocolate tem menos tempo de forno para ficar tipo mousse no interior (merengada).

Notas:
1 - O açúcar em pó já tem incorporada uma parte de amido. Se usar açúcar normal, mesmo que o pulverize, deve juntar um pouco de amido de  milho (maisena).
2 - Também há quem use um pouco de vinagre, julgo que para ficar merengada depois de cozida.

E para finalizar, deixo-vos o link de duas óptimas receitas de Pavlova.
 www.lemonandvanilla.blogspot.co.uk/2014/05/wbd-tiered-berry-pavlova-pavlova-de.html

www.cincoquartosdelaranja.com/2013/02/pavlova-com-pepitas-de-chocolate-e-morangos.html 

Boa semana. Beijinhos da

Bombom (Tia Fátima ou Avó Fátima)

TEATRO ROMANO DE LISBOA




O Teatro romano de Lisboa, então chamada de Felicitas Júlia Olisipo, foi construído no início do séc. I d. C. (depois de Cristo), pensa-se que na época do Imperador Augusto.
As ruínas das bancadas encontram-se sob a rua da Saudade e a área principal que coincide com o edifício cénico situa-se sob a rua de São Mamede, próximo da Sé de Lisboa.

               Entrada Monumental Nascente

O Teatro tinha 4000 lugares e foi construído "seguindo as normas definidas por Vitrúvio, arquitecto da época de Augusto, que estabeleceu as formas de construção e normas arquitectónicas do Império Romano.

           Uma bancada na zona superior

Em baixo, aspecto que teria uma bancada - reconstituição:


 "Ao longo das diversas intervenções arqueológicas realizadas na área do Teatro, registaram-se ocupações de variadas épocas, algumas anteriores à construção  do edifício cénico e outras de épocas  posteriores.
Foi possível confirmar pelos testemunhos encontrados, uma intensa e efectiva ocupação humana  durante a Idade do Ferro (séc. VIII a.C a séc. III a.C) e durante a época republicana (séc.II a.C) aquando da chegada dos primeiros contingentes militares romanos à região de Lisboa.

 Artefacto da Idade do Ferro: Veado com pássaro pequeno nas costas

Quando, nos inícios do séc. I a.C se edificou o Teatro, foi efectuado o rebaixamento do solo, destruindo as construções pré-existentes. Os objectivos foram alicerçar o edifício e conter a colina.

 Este seria o aspecto da parte do Teatro Romano, de frente para o rio Tejo.

 Estátua de Sileno, mármore de Vila Viçosa, séc.I d. C,  encontrada em 1798

 O Teatro Romano só foi descoberto em 1798, quando da reconstrução da cidade, depois do terramoto de 1755. Data dessa altura  um desenho feito pelo arquitecto italiano Francisco Xavier Fabri, que é um documento ímpar sobre o estado em que as ruínas então se encontravam.
Apesar dos seus esforços para se preservarem as ruínas, depressa elas foram esquecidas e sobre elas e com as suas pedras, foram construídos prédios de habitação.


Na foto acima, pode ver-se o aproveitamento das pedras do Teatro para fazer as aduelas em arco, num edifício posteriormente construído sobre as ruínas do Teatro.
As escavações arqueológicas permitiram recuperar a História anterior ao terramoto de 1755.

 Porta de acesso ao Beco do Aljube, fechado após o terramoto e ocupado por outras construções.

O Museu de Lisboa possui além do Teatro Romano, dois edifícios quase anexos, um do séc. XVIII e outro do séc. XIX. Estes edifícios foram adaptados à nova função de Museu mas conservam as características arquitectónicas originais.
A paisagem que se avista do Museu explica a razão da escolha do local para a edificação do teatro em época romana: a de constituir uma marca do poder do Império. 

                                         Vista sobre o rio Tejo
No séc.I d.C, em que as construções eram baixas e poucas, podemos imaginar a entrada dos barcos romanos e a azáfama que se vivia em Olisipo com a salga do peixe e a confecção dos molhos que eram exportados para Roma.

Espero que não se tenham cansado demasiado com esta viagem que O Meu Estaminé vos oferece hoje. Foi só uma pequena amostra para vos aguçar a curiosidade e não vos mostrei a parte museológica dos artefactos encontrados, como azulejos, pratos potes, bilhas, etc.
  Vale a pena a visita. A entrada custa 2 euros, com 50% de desconto para desempregados, cartão jovem e pessoas com mais de 65 anos.  O Museu fica na Rua de S. Mamede nº 3-A perto da Sé Patriarcal de Lisboa.
www.museudelisboa.pt 

Nota: O texto contém citações retiradas do prospecto informativo do Museu.

Tenham um bom Carnaval!
Beijinhos da 

Bombom (Tia Fátima ou Avó Fátima)

CUPCAKES DE CENOURA COM FROSTING DE LIMÃO



A pensar na minha netinha  que já gosta de se aventurar no mundo da Doçaria, deixo-vos aqui uma receita que tanto dá para 12 mini bolinhos como para um bolo maior.
A receita foi tirada da revista Feel Good Food.

Cupcakes de Cenoura com Frosting de Limão

Ingredientes:

175g de farinha de trigo
50g de farinha integral
1/2 c. de chá de bicarbonato de sódio
1 c. de chá de canela em pó
150g de açúcar fino (caster sugar)
1/2 c. chá de extracto de baunilha
50g de nozes picadas
50g de côco ralado
50g passas sultanas (opcional)
150g de cenoura ralada
125g de ananás escorrido e em puré
150ml de óleo de girassol (ou azeite virgem extra suave)
2 ovos grandes ligeiramente batidos

Ligue o forno a 180º. Coloque as formas de papel dentro das formas de queques e reserve.
Peneire as farinhas, o bicarbonato, a canela e o sal, para uma tigela grande.
 Acrescente o açúcar, a baunilha, as nozes, os frutos e a cenoura. Mexa e reserve.
À parte, misture o puré de ananás, o óleo (ou azeite) e os ovos até obter uma mistura homogénea.
Junte à mistura de ingredientes secos e envolva bem.
Verta nas formas já preparadas, até 2/3 da sua capacidade e leve ao forno, na prateleira do meio, durante 15 minutos, até crescerem. (Teste do palito).
Retire e deixe arrefecer. Entretanto prepare o "frosting" de Limão.

Frosting de Limão

 500g de queijo creme Philadélphia
300g de açúcar em pó (de confeiteiro)
Sumo de 1 limão

Bata o queijo creme com o açúcar e o sumo de limão até obter um creme fofo.
Transfira para o saco de pasteleiro com o bico de estrela e enfeite.
Decore com raspas de limão e confeitos de açúcar.

Nota:
-  Eu prefiro usar fermento em pó em vez de bicarbonato.
- Nesta receita acrescentaria 1/2 c. de chá de fermento ao bicarbonato, ou em substituição, usaria 1 c. de chá de fermento em pó.

 Beijinhos da

Bombom (Tia Fátima ou Avó Fátima)


A MINHA "NOVA" BIBLIOTECA CULINÁRIA


Lembram-se de há para aí uns 2 anos vos ter dito que ia compilar as melhores receitas que guardei desde que me iniciei nesta aventura das Culinárias?
No princípio, quando não tinha blogue, ainda organizei as receitas no computador, mas quando precisava de alguma, dava-me uma trabalheira dos diabos a encontrar!
Sim, sou da velha (íssima) geração, he,he...
Com O Meu Estaminé tornei-me mais selectiva, mas menos metódica e as receitas a experimentar amontoavam-se nas gavetas.
Foi então que decidi organizá-las; comprei uns "dossiers" A5 numa loja chinesa e comecei a tarefa que só terminou no final de 2015.


1 -  Compotas, Geleias
2 -  Bolos - vol.2
3 - Aperitivos e Entradas
4 - Temperos, Molhos, Chutneys, Conservas


5 - Pão, Pão Doce, Folar, Brioche
6 - Bolachas Biscoitos, Cookies
7 - Pizzas, Folar de Carne, Bôlas de Carne, Bolos Salgados
8 - Gelados, Sorvetes, Parfait


9 - Bolos - vol.1
10 - Cremes, Sobremesas de Colher, Pudins, Triffles
11 - Panquecas, Crepes, Scones, Queques (Muffins), Bolos no Microondas
12 - Cremes para Barrar, Manteigas Doces / Frostings, Recheios / Toppings, Gomas / Gelatinas, Caramelos, Bombons

Pois é verdade, levou 2 anos a terminar, mas valeu a pena. Arranjei uma caixa para os 12 volumes , como se vê na 1ª foto, que cabe numa prateleira da minha cozinha, mesmo "à mão de semear"!
Mas ai de mim, já tenho aqui ao lado um punhado de receitas novas muito tentadoras. A culpa é vossa, he,he, que partilham só coisas boas.
Este ano vou organizar as receitas salgadas de Sopa, Peixe, Carne e Diversos (Arroz e Massa).
Para o ano falamos de novo. Combinado?...

Boa semana. Beijinhos da

Bombom (Tia Fátima / Avó Fátima)