AMOR PRÓPRIO E AUTO-ESTIMA. DESAFIO DO BLOG CAFÉ COM BOLO

quarta-feira, agosto 25, 2010

Ainda mergulhada em plenas férias algures no meio do Oceano Atlântico, foi-me impossível corresponder ao tema da passada semana, O Amor Próprio e a Auto-Estima.
Não que soubesse dizer muito acerca do tema, mas tinha pensado contar-vos uma pequena história passada comigo há 58 anos e que nunca contei a ninguém.
Sempre ouvi falar do Amor Próprio como uma qualidade que nos ajuda a ser mais eficientes (querer fazer melhor e não querer ficar atrás de ninguém). A Auto-Estima, só de há uns anos para cá foi valorizada pela Psicologia e hoje todos sabem o que é. A capacidade de se reconhecer e aceitar como um ser em evolução com capacidade para aprender com os seus erros, de se amar a si próprio (sem narcisismo) e sentir-se seguro das suas qualidades.
Mesmo estando "fora do prazo", vou contar-vos a minha "História".

"A Mariazinha, aos nove anos ainda era uma menina bastante tímida. No dia do seu exame de admissão ao Liceu, um dia de sol do mês de Julho, levava um lindo chapèuzinho branco rendado enfeitado com um raminho de flores preso numa fita azul.
Depois da chamada feita à entrada, as meninas dirigiram-se para a sala indicada e sentaram-se nas carteiras à espera da Professora que traria os Pontos de Exame. O nervosismo era muito.
Foi quando a menina da carteira da frente, com ar de mais velha (e já calejada de outros exames e respectivos insucessos, soube-o depois) se virou para trás e disse à Mariazinha: 
- Tira o chapéu, mal educada! Não sabes que se tira o chapéu quando se entra na aula?
Eu não vi a cara dela, mas acho que ela se fez de todas as cores do arco-iris, mas ficou imperturbável, pensando "ninguém manda em mim". Foi o suficiente para irritar ainda mais a outra "pespineta" que insistia para ela tirar o chapéu.
Nisto entra a Professora e as meninas todas se levantaram e viraram para a frente.
A Mariazinha, num ápice, tirou o chapéu e guardou-o debaixo da carteira.
E o exame decorreu calmamente."

Beijinhos da

Bombom = Tia Fátima = Avó Fátima

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2 comentários

  1. Olá, querida
    Essas histórias de resiliência me deixam com muita esperança no que há de vir e pra melhor...
    Tenha muita paz inteior e harmonia em seu coração.
    Abraços fraternais

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  2. Oi, Fátima, querida

    Resignação marca.
    O importante é conseguirmos vencer os medos que nos atormentaram.
    Adorei o post e sua história.

    Bjs no coração!

    Nilce

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