POESIA ... E CARAMELO...
sábado, dezembro 11, 2010
Tanto o poema de outro dia como o que vos deixo hoje, fazem parte de um passado distante.
Foram escritos na minha juventude e revelam a grande saudade que o nosso Pai deixou em todos nós.
Consoada
Bela noite de Natal
A que a minh`alma está presa...
Numa ceia sem igual,
Nós éramos onze à mesa.
Mas num ano que passou,
O Inverno surgiu frio;
E, quando o Natal chegou
Havia um lugar vazio...
Por esse, que Deus o guarde,
Há uma vela que arde
Nesse dia sempre acesa.
Hoje os olhos já não choram
Mas os corações imploram
Que volte o que falta à mesa!
Fátima Carrapa
São estas dores que a vida nos traz que nos ajudam a crescer e a forjar o carácter. Com elas aprendemos a compreender melhor os outros que caminham ao nosso lado...
E agora vamos para a cozinha! Ainda é cedo, pensarão alguns.
Já fizeram a ementa do que vão servir? Já têm os ingredientes em casa?
Não se esqueçam de que tudo o que puderem fazer com antecedência e guardar ou congelar, vos vai aliviar o trabalho da última hora.
Na próxima semana vou trazer-vos algumas sugestões. Hoje vamos fazer um frasco de Caramelo Líquido, muito mais saboroso do que se fosse de compra e sem corantes nem conservantes.
Com ele podem enxaropar bolos, regar o Bolo de Nozes, cobrir Pudins, rechear Panquecas, etc.
Dura muito tempo fora do frigorífico, num frasco de vidro bem rolhado.
Caramelo Líquido
600g de açúcar branco
2 dl de água fria (200ml)
2,5 dl de água quente (250ml)
Deite num tacho largo os 600g de açúcar e 2 dl de água fria, misture bem e leve ao lume para ferver.
Ponha os 2,5 dl de água a aquecer, entretanto.
Deixe ferver o açúcar até obter ponto de caramelo forte.Quando começar a borbulhar mais intensamente, com cor alourada escura e ao mesmo tempo a querer deitar um pouco de fumo, baixe o lume. Vá deitando os 2,5 dl de água quente, aos poucos, em 4 ou 5 vezes. (Atenção: se deitar a água toda de uma vez, vem tudo por fora do tacho e pode queimar-se)!
Ao deitar um pouco de água, o caramelo faz forte ebulição e muito ruído que, em seguida se acalma. Ao deitar mais um pouco, o mesmo se repete. Quando deitar a última porção de água, já o caramelo não se altera. Depois de adicionada toda a água, deixe ferver 20 segundos exactos e tire imediatamente do lume. Deixe arrefecer, deite num frasco ou boião e guarde em sítio fresco para utilizar quando precisar.
Se quando for utilizar o caramelo estiver espesso, aqueça o frasco em banho-maria.
Receita do Chefe Silva na Teleculinária n° 37.
Notas:
O Chefe Silva faz uma chamada de atenção para o cuidado a ter quando se deita a água no caramelo. É necessário ter muito cuidado para não se queimar, nem ficar com a roupa e o fogão sujos.
Entre cada adição de água, mexe-se com a colher de pau para dissolver o caramelo.
Aproveitei para vos mostrar alguns enfeites simples, que vos poderão dar novas ideias.
Tenham um bom fim de semana!
Beijinhos da
Bombom (Tia Fátima ou Avó Fátima)
6 comentários
O poema é lindo, embora eu também já tenha essa falta na mesa e para mim dese à tres anos as festas não são a mesma coisa, obrigado pela dica do caramelo e pela dos enfeites, beijinhos
ResponderEliminarLindo o poema Fátima.
ResponderEliminarTambém perdi o meu pai muito cedo e até hoje sinto muito sua falta.
Faço esse caramelo para o marido que adora exageros com açucar. rsrsrs
Doce o homem que só. kkkkk
Bom domingo para você.
Bjs no coração!
Nilce
Olá querida Fátima,
ResponderEliminarEsse poema revela bem, numa festa que é fundamentalmente da família, as perdas, é impossível não pensar nisso e não ficar um bocado triste!
Vou ver se agora acerto a fazer caramelo, geralmente corre-me sempre mal! rssssssss
Beijinhos,
Manú
Que lindo teu poema amiga! Na nossa idade sempre faltam alguns à mesa...mas é assim a vida, não é? Eu já sei o que vou fazer na minha ceia de Natal...lombinho de porco ao molho de geléia de pimenta(adoro!) e arroz de lentilhas e purê de castanhas...e só, está ótimo! Um bacalhau e umas rabanadas, nozes e castanhas portuguesas, figos turcos...isso, não pode faltar, afinal, como diz a Manu, tenho uma costela portuguesa!
ResponderEliminarBeijos, minha querida!
Querida Bombom
ResponderEliminarQue belo poema, és uma artista!
Valeu a dica do caramelo.
Um forte abraço
Léia
Amiga, obrigada pelo poema lindo. É o que eu sinto agora, mas, será que depois não haverá mais lágrimas? É que ao fim de quase 3 anos elas continuam a escorrer pela cara abaixo.Obrigada pelas tuas dicas sempre tão oportunas e simples como se quere.
ResponderEliminarabraço infinito, adoro-te amiga
Isabel de Miranda