ALGUNS MOLHOS...

Chegou o calor e, com ele, temos de mudar os Menus. Já apetecem mais os grelhados e as saladas frescas,
as saladas frias e as maioneses...
Aqui há tempos, inspirada  numa receita da Laranjinha do Cinco Quartos de Laranja inventei um molho para acompanhar Salmão Grelhado. O molho que acompanhava a receita da Laranjinha era muito bom, mas era refogado e os meus " maus fígados" não me deixam provar, sequer. Então arranjei um que era feito todo em cru e gostei bastante do resultado final.
O Cinco Quartos de Laranja é um blog que vale a pena visitar. Não é apenas um Livro de Receitas, mas também fala de Livros, de Viagens, de Gastronomia, tem lindas fotografias ...Se não conhecem, vão lá espreitar! Eu só não ponho aqui o "link" porque ainda não sei como se faz.

MOLHO DE LARANJA (para salmão)

Raspar em tiras fininhas a casca de 2 ou 3 laranjas, juntar o sumo com 25 g de manteiga num tachinho e levar a lume brando até as cascas ficarem cozidas. Retirar do lume e temperar com pimenta. Servir sobre Salmão ou outro peixe grelhado.
De: Cinco Quartos de Laranja

MOLHO DE LARANJA (variação minha, para 2 pessoas)

Deitar no copo da varinha mágica:
Sumo de uma laranja
1 dente de alho (sem a nervura do meio), cortado aos bocados
1 raminho de salsa (6 hastes, só as folhas)
1/2 dl de azeite virgem

Triture tudo. Tempere com sal e pimenta preta ou "5 bagas", moída na hora.
Deite por cima do peixe grelhado ou sirva numa molheira à parte.
De: O Meu Estaminé

E já que falámos de molhos, vou dar-vos a receita do Molho Picante que uso cá em casa para carnes grelhadas, pizas, peixes cozidos ou legumes.
De todos os molhos picantes que vi nalguns bons blogs e que experimentei, é do meu que gosto mais. Aprendi com o Chefe Silva na Teleculinária N° 1 e não quero outro. É económico, gostoso e não contém corantes nem conservantes (he,he).
Pode fazer-se numa garrafa vazia de azeite ou num frasco de boca larga.

MOLHO DE PIRI-PIRI

Malaguetas vermelhas
Malaguetas verdes
Um pedacinho de cebola
Casca de limão (1/3)
2 dentes de alho (sem a nervura interior)
1 folha de louro (sem nervura do meio)
Sal qb.
Azeite (2/3)
Vinagre (1/3)

Lave as malaguetas e enxugue-as bem, num paninho ou numa toalha de papel de cozinha.
Retire-lhes o pé e abra-as ao meio, no sentido do comprimento.
Meta-as dentro da garrafa de modo a não ocuparem mais de um terço da capacidade.
Em seguida, introduza a cebola, a casca de limão, os alhos, o louro e o sal que ache necessário.
Se a garrafa tiver gargalo estreito, parta os ingredientes em pedacinhos mais pequenos.
Encha a garrafa com duas partes de azeite e uma de vinagre. Rolhe muito bem e guarde num local escuro (armário ou despensa) durante 15 dias, agitando diàriamente.
Resulta um molho agradável que dura muito tempo fora do frigorífico.
Substitua a rolha estanque por uma de ranhura para sair em gotas e ser fàcilmente doseado.
Agite sempre antes de usar.

Notas: - Se não gostar de molho muito picante, retire as sementes da malagueta.
           - Pode usar-se para marinadas de carnes.

E por hoje é tudo. Continuação de uma boa semana para todos os que me visitam e beijinhos da

Bombom = Tia Fátima = Avó Fátima



      

DA PASTELARIA GREGA...

Da Pastelaria e da Doçaria da Grécia, não posso falar muito, pois não tive oportunidade de a conhecer a fundo, como gostaria. Só nos serviram doce em duas refeições e, por aquilo que tenho lido nos vossos blogs, acho que era Panna Cotta. Gostei muito, mas acho que os louros vão para Itália...ou não será?
 Daquilo que me foi dado ver e provar, sem ser na doçaria, os gregos fazem muito pastéis de massa folhada recheados com carne picada em molho de tomate ou béchamel. Mas a massa folhada deles é muito mais pesada e grossa do que a nossa. Reparei em diversos sítios por onde passámos, que os bolos têm a mesma consistência e são muito caros: 2,5 euros cada um.


Esta foto e a que se segue foram tiradas numa Área de serviço onde parámos durante uma das viagens.


Quando elaborei o meu "Dicionário da Comida Grega", vi que eles tinham muitos doces à base de amêndoa.
Ou não fosse a Grécia um país Mediterrânico! E andei à procura em algumas lojas de Geléia de Rosas que me tinham recomendado. Mas não encontrei nada. Eu não leio grego e eles não falavam inglês nem francês...


Um dos nossos companheiros de viagem fez anos e o "staff" da Estalagem de Montanha de Rapsani onde estivémos alojados, ofereceu o Bolo de Aniversário. É um bolo caseiro, muito gostoso e bem feito, tipo Pão de Ló, recheado com creme de chocolate.
Só quando chegámos a Salónica e passeávamos pela cidade após o almoço, é que vi uma Pastelaria! Grande, com muitas montras cheias de lindos doces e bolos, mas...estava fechada!!!


Vinguei-me a tirar fotografias, para vos mostrar.


Pode ser que vos dê ideias para decoração...


Estas fotos foram tiradas do lado de fora da  montra, por isso podem ter algum reflexo do vidro.



 Agora, deixo-vos aqui o meu pequeno "Dicionário da Comida Grega". Espero que o possam usar e completar, se possível!

DICIONÁRIO DA COMIDA GREGA

Doces

Amygdalota - Doce de amêndoas de Hydra (amigdala = amêndoa).
Baklavás - Mil folhas de amêndoas recheados com nozes, canela e xarope de mel.
Bougátsa - Doce de creme de queijo com canela e açúcar.
Galactobúrico - Tarte de leite.
Giaourti kai meli - iogurte com mel.
Kataifi - Doce de amêndoas e canela.
Melomakárona ( Finikias e Diples) - Doce de Natal: bolachas de frutos secos.
Rizogalo - Doce de arroz (tipo arroz doce).
Syka sto foúrno me Mavrodáfni - Figos frescos cozidos num molho feito com vinho tinto, especiarias e mel, aromatizado com água de flor de laranjeira.

Queijos

Feta
Graviera
Kaseri
Kefalotyri (tipo Parmesão)
Metsovone (para derreter e fazer crepes)

Bebidas

Ouso - Bebida nacional grega. Diz-se "uso". Bebida alcoólica (44°) com sabor a anis.
Raki - Bebida alcoólica sem sabor a anis.
Tsepouro - Bebida alcoólica de uva fermentada sem sabor a anis.


E termino com algumas palavras essenciais:

Obrigado - Efeganistou
Muito bem - Poli kalá
Está tudo bem - Olá kalá
Bom dia - Kalimera
Boa tarde - Kalispera
Boa noite - Kalimirta (ao deitar)

Claro que em grego não se escreve assim, mas diz-se desta maneira e isso é que importa para se poder comunicar.
Se estiverem interessadas no "Dicionário" completo (2 folhas A4), podem pedir pelo mail do blog, que eu envio-vos.
Há muitas comidas de que não vos falei por não as ter provado, mas interessantes, sem dúvida para quem quiser viajar pela Grécia.

Espero que tenham gostado de viajar comigo, he, he! Até breve.
Beijinhos

Bombom = Tia Fátima = Avó Fátima

































A GASTRONOMIA GREGA

Antes da viagem à Grécia, tentei saber alguma coisa sobre a Culinária Grega, que não conhecia de todo. Fiz uma pesquisa na internet e organizei um pequeno Dicionário da Comida Grega. Uma coisa simples e decerto muito incompleta, mas na altura não consegui melhor. Vim a saber pela nossa Guia turística que o melhor é visitar o "site" oficial da Grécia.
 Os restaurantes gregos têm o nome de "Taverna". Em todos eles são servidos os "mezédes ou "mezés", que são o correspondente aos nossos aperitivos e entradas.

                               Queijo Feta com azeite virgem e ervas aromáticas

Geralmente servido em primeiro lugar, o queijo Feta é temperado com azeite virgem e ervas aromáticas.
Embora tendo o aspecto de queijo fresco, é um queijo um pouco seco e salgado. É servido a todas as refeições e em todas as Tavernas, mas só gostei dele uma vez! Isso leva-me a pensar que deve haver marcas diferentes, umas melhores do que outras.

 
Fatias de courgette envolvidas em polme e fritas. Não consegui saber o nome em grego.

                                                                            Tzatsiki

Tzatsiki é um molho cremoso de coalhada (polpa de queijo fresco) ou de iogurte, misturado com pepino ralado ou cortado em pedacinhos, temperado com hortelã e alho espremido.

                                         Azeite virgem, pasta de azeitonas e orégãos


Outra das entradas pode ser Azeite virgem, pasta de azeitonas e orégãos, que cada um usará a seu gosto.

                                            Tipos de Pão

O Pão é parecido com o que comemos em Portugal, embora eles tenham outros tipos de pão. 
- koulourákia, pãezinhos doces ou salgados com forma de vianinhas ou de argolas.
- pita, ou pão ázimo, não levedado de origem turca.
- pãezinhos de ervas com azeitonas.
- paximádia, pão cozido duas vezes.
- tsouréki, pão para festas, tipo trança. 

                                  Choriatiki salata

 Choriatiki salata ( Xoriática) é uma salada mista muito variada que antecede o resto da refeição.
Depois, vem o prato principal, que tanto pode ser a conhecida Mousaká (diz-se "muchaká") que faz lembrar  a lasanha, e que é feita às camadas de fatias de batata e beringela frita (ou grelhada em papelote), carne picada em molho de tomate e béchamel grosso; polvilha-se com queijo e vai ao forno a gratinar.

                                                 Gemisto

Outro prato, pode ser o Gemisto, constituído por tomates, curgetes, pimentos ou beringelas recheados com carne picada e molho de tomate, gratinados no forno. Os que nos serviram continham também um pouco de arroz, no recheio.
Também pode ser servido  Kléftico um prato de carne de cabra, assada ou grelhada em papelote, para preservar os sucos e sabores.
Nunca comemos carne de vaca, nem vimos vacas pelos campos onde andámos. Foi-nos dito que os gregos não comem carne de vaca e que só criam para exportação. Em contrapartida, há uma grande criação de cabras, até porque o território muito montanhoso e agreste, é propício ao gado caprino.
Também me surpreendeu que os gregos, tendo uma orla marítima tão extensa, não comam peixe. Em dez dias de estadia, comemos peixe em duas vezes. Uma delas foi no último dia, e em nossa homenagem por sermos portugueses e gostarmos tanto de peixe!


E, para terminar, uma sobremesa de fruta. Quase sempre nos serviram melancia, a fruta da época, mas também fomos brindados por esta Fréska Frouta, que vos deixo a terminar este breve percurso pela Gastronomia Grega.

                                             Fréska frouta

Amanhã falar-vos-ei dos bolos e mais algumas curiosidades do meu Dicionário improvisado.
Beijinhos e bom fim de semana.

Bombom = Tia Fátima = Avó Fátima

UMA VIAGEM Â GRÉCIA

                                            Vista da Acrópole de Atenas

Em Junho do ano passado, fui à Grécia. Pode dizer-se que foi uma das "Viagens da Minha Vida".
É emocionante ver no local, todos os pedaços de História Milenar que estudámos nos bancos do Liceu, quando éramos jovens. Ver e sentir aquelas pedras vivas...é um espectáculo!
Estivémos no continente e fizémos um Cruzeiro a algumas ilhas - Hydra, Poros e Egina. Estivémos em Atenas (Acrópole, Museu Arqueológico Nacional, Museu das Cíclades, Porto do Pireu). Fizémos uma visita panorâmica e passámos duas tardes a passear, descobrindo a cidade. Jantámos num Restaurante Típico onde vimos Danças Folclóricas da Grécia.

                                          Folclore Grego

Fomos a Micenas, passámos em Nauplia, a primeira capital da Grécia, fomos a Epidauro e visitámos o Teatro e o Museu.
Visitámos Delfos e o seu património arqueológico e seguimos para norte,  para Rapsani, uma aldeia com uma Pousada de Montanha a 600 m de altitude, com vista para o Monte Olimpo, onde ficámos alojados mais alguns dias.
Visitámos Salónica, o 2° Porto mais importante da Grécia a seguir ao do Pireu. ThsalóniKa, como eles dizem, fica a norte, na província de Macedónia e dista 140 Km da fronteira com a Bulgária.
Depois de uma visita panorâmica, fomos ao Museu Arqueológico e andámos pela cidade.
Não é preciso entrar nos Museus para "darmos de caras" com as ruínas de um Palácio Romano (de Galério) ou de um antigo Templo...

                                                                      Torre Branca - Salónica

Vimos a Torre Branca e as antigas muralhas e também, mas só por fora, a Igreja de Santa Sofia.
Visitámos o Museu Arqueológico de Dion e fizémos um circuito panorâmico ao Monte Olimpo. Imponente, nos seus 2917 m de altitude!
Almoçámos em Litochoro, uma aldeia de montanha e regressámos pela praia de Patamona, uma das poucas que tem areia, mas da cor do cimento...

                                                          Meteora

Subimos a Meteora, um território cheio de rochedos que se erguem abruptamente como agulhas em direcção ao céu e onde os Monges Bizantinos ergueram os seus Mosteiros. É uma zona imponente, considerada  o Santuário dos Cristãos Ortodoxos.

  
                                                        Mosteiro Bizantino em Meteora

O mês de Junho na Grécia já é muito quente, com temperaturas acima dos 30° C. Tem de se andar sempre com chapéu e muita água para não desidratar.
Quem goste de visitar as Igrejas e Mosteiros,  não se pode esquecer que a religião Ortodoxa, é muito mais repressiva e rigorosa do que a Católica. Não permitem a entrada a homens de calções, nem a senhoras com blusas decotadas e sem mangas ou de calças. Em Meteora, por exemplo, têm à entrada umas saias do tipo "envelope", para as senhoras que vistam calças. Mas nas outras igrejas, tínhamos de usar as écharpes ou os lenços da cabeça a fazer de saia.

Foram 10 dias que nunca mais esquecerei!
Amanhã vou falar-vos da Gastronomia Grega.
Beijinhos da

Bombom = Tia Fátima = Avó Fátima

DOCE DE ABÓBORA COM NOZES

Agora que já passou a constipação de Primavera, voltei a estar em forma embora ainda esteja a tomar umas Vitaminas. Estas maleitas habituais, deixam-nos sempre um pouco combalidas, pelo que há que reforçar as defesas do organismo com fruta variada, muitos sumos, saladas frescas cruas e legumes cozidos "al dente". Isto para manter todas as Vitaminas intactas.
Hoje pensei trazer-vos uma Compota que fiz há pouco tempo. Eu gosto muito de fazer doces ou compotas, mas não sou especialista. Bem gostava de aprender com quem sabe!
Como tenho alguma facilidade em obter matéria prima e não gosto de estragar nada, faço então os meus Doces, que mais tarde servem de presente para a Família e para os Amigos.
Normalmente, se uma Compota é para guardar e durar todo o Inverno, a quantidade de açúcar é igual ao peso da fruta, excepto se se tratar de frutos muito doces, como é o caso do figo.
Se for para consumir logo, pode-se reduzir a quantidade de açúcar, mas tem de se conservar no frigorífico.
Antigamente, havia uns pacotinhos de Pectina, da Diese, que substituiam parte do açúcar, mas há muito que os deixei de ver no mercado. Não sei se terá mudado de nome ou de marca...
Por isso, continuo a fazer os meus doces, com as proporções antigas. Mas sei que se pode fazer pectina (gelificada) com os caroços e cascas das maçãs e das pêras, das laranjas ou dos limões. Acho que estou a precisar de fazer um Curso de verdade, he,he!
Mas por enquanto, temos de nos governar com a prata da casa!

  DOCE DE ABÓBORA COM NOZES

1kg de abóbora
850g de açúcar
1 pau de canela
1 chávena almoçadeira de miolo de noz (200ml)

Lavar, descascar e retirar as sementes da abóbora. Partir em fatias e depois em pequenos cubos ou ralar a abóbora com ralador grosso (facultativo: dá mais trabalho e fica igual).
Deitar num tacho de inox e juntar o açúcar e o pau de canela. Deixar repousar cerca de 1 hora, para que o açúcar se vá misturando ao sumo da abóbora.


Leve o tacho a  lume brando, mexendo de vez em quando. Passado 1 hora, deite as nozes e volte a mexer.
Deve levar cerca de 2 horas até fazer "ponto de estrada".
Entretanto prepare os frascos, rodelas de papel vegetal  mais largas que a boca do frasco, um "passador de ralo largo" para compotas e o frasco do álcool puro.


Apague o lume, retire o pau de canela e encha bem os frascos. Molhe cada rodela de papel vegetal no álcool, de ambos os lados. Coloque-a na boca do frasco e rolhe bem.

Notas:
- Foi a primeira vez que ralei a abóbora, a pensar no aspecto semelhante da gila. O resultado final, não me entusiasmou. O sabor é o mesmo e o trabalho que dá não compensa.
- A quantidade das nozes é aleatória. Há quem goste com mais ou com menos, ou seja, é à vontade do freguês, he, he.
- Há várias técnicas de conservação de doces. A que sempre utilizei, aprendi-a com a grande Maria de Lurdes Modesto. Nunca se me estragou um doce!
- Na última imagem podem ver o "funil" das geleias. Este comprei-o no D-Mail (www.dmail.pt), mas na aldeia fiz um com um funil plástico grande, ao qual cortei o bico. Também se pode usar o funil do sal da máquina de lavar a loiça, depois de bem lavado, claro, he,he!

Desejo -vos a continuação de uma boa semana e cuidem-se. Cuidado com as variações da temperatura!
Beijinhos da

Bombom = Tia Fátima = Avó Fátima

UMA CASA DE CAMPO E BISCOITOS DA AVÓ CRISTINA

                                                             A minha Aldeia.

A minha aldeia é igual a todas as outras. Um conjunto de casas, muitas já desabitadas, uma Capela e uma Escola desactivada há muitos anos...
Fica entre as Serras de Guardunha e de Muradal. A que se vê na imagem é a Guardunha.
Hoje, não sei porquê, teimam em chamar-lhe Gardunha. Quando andávamos na escola "de antigamente", chamava-se Guarda à cidade da "Guarda" e Guardunha à Serra que acolhe a Guarda. Hoje se lá forem vêem escrito à beira dos Túneis...Gardunha. (Uma gardUnhada lhes dava eu se pudesse!)
A terra é pobre, de xisto argiloso e muito pedregosa. A agricultura, de subsistência, é penosa e dura. Só à força de muito trabalho se consegue o Pão de cada dia. Por isso, as suas gentes emigraram e só ficaram os velhos. Os casais novos contam-se pelos dedos de uma mão!
São os custos da interioridade, dizem os políticos....mas não dizem que somos nós todos que pagamos os custos. Mas, adiante.
Outrora foram terras de centeio e olivais. Depois veio o pinhal que sempre trazia o rendimento da rezina.
Em 2003 vieram os grandes incêndios que assustaram as populações e lhes devoraram o pinhal e as oliveiras.
Eu estava lá e vi! A dor de ficar sem os pinheiros, a sua "fortuna" que quando havia casamento ou doença, servia de moeda de troca.
A dor de ficar sem as oliveiras, o último rendimento...sem as árvores fruteiras ou as hortinhas, o seu pão.
E o tempo passou, a natureza renovou-se, as pessoas voltaram ao trabalho. E tudo voltou a florir!


Uma vista das traseiras da nossa casa. Por detrás da chaminé vê-se a nespereira.


As nêsperas e as cerejas do ano que passou.


Agora, como são horas de lanchar, deixo-vos aqui uma receita da Avó Cristina (a minha Mãe). São uns biscoitos simples e rápidos para quando não apetece ter muito trabalho (he,he)!

               BOLINHOS DA AVÓ CRISTINA
Ingredientes:
15 colh. de sopa de farinha
3 colh. sopa de açúcar
 6 colh. sopa de leite
1 colh. chá de margarina
1 colh. chá de fermento em pó (Royal)
1 colh. café de sal fino

Numa tigela, misturam-se todos os ingredientes. Forra-se um tabuleiro com papel vegetal (Glad).
Com a ajuda de uma colher de chá, põem-se pequenas porções de massa com cerca de 2 dedos de intervalo. Leva-se a cozer em forno médio durante cerca de 15 minutos, ou até ficarem loirinhos.


Um resto de boa semana! Bjs.

Bombom = Tia Fátima = Avó Fátima

Depois da Páscoa, uma constipação!

                                                                              Vitamina C - Laranja com mel e canela

Depois de um dia de Páscoa muito bem passado a que se seguiu uma "lição" de como inserir fotos num blog, eis que fiquei "de molho" com uma valente constipação. Nada de importante, espero bem, pois já me precavi com aspirinas e apetitosas rodelas de laranja com mel e canela. Querem a receita? He,he! Basta ver a foto. E agora digam lá que "Burro velho não aprende línguas"!!!
Em seguida vou colocar as imagens dos Queijinhos. Se quiserem podem lá ir espreitar.
Espero que tenham tido melhor sorte do que eu e que estejam todos bem de saúde. Nesta altura do ano temos de ter muito cuidado com as variações de temperatura que se fazem sentir ao longo do dia e, sobretudo, com o Sol.
Na salinha onde tenho o computador bate o Sol de tarde e foi isso que me fez ficar constipada .
Beijinhos e boa semana, da

Bombom = Tia Fátima = Avó Fátima