DETERGENTES MANUAIS PARA A LOIÇA


Mesmo que tenhamos máquina de lavar a loiça, é imprescindível um detergente para lavar à mão.
E na hora da escolha vemos tantos, amarelos azuis ou verdes, mais baratos ou mais caros, concentrados ou ultraconcentrados, que até ficamos com os olhos em bico.
 Muita gente pensa que um bom detergente tem de fazer muita espuma, mas a espuma abundante não significa uma boa lavagem.
A verdade que poucos conhecem é que os principais agentes na luta contra a sujidade são os tensioactivos: os não-iónicos  têm grande capacidade de limpeza, os aniónicos produzem espuma e os anfotéricos minimizam a agressão das mãos. Assim, se lerem os rótulos, ficam a saber que os mais eficazes são os que têm maior teor de tensioactivos.
Importante também é saber se não têm fosfatos para não agredirem a Natureza nem poluirem o Ambiente.

A Deco, Associação de Defesa do Consumidor, fez e publicou na Revista Proteste, testes a 17 produtos dos mais usados para a lavagem manual da loiça.
Aqui ficam os que apresentaram maior eficácia de lavagem (*****), mais económicos  e que têm uma composição satisfatória (***) - podiam melhorar a fórmula para não agredirem  o Ambiente.

1 - Unamat Detergente Manual Concentrado ( 2 gotas/5 l de água = 65 pratos = 0.22 cênt.)
2 - W5 Detergente Ultra Concentrado (2 gotas/5 l de água = 47 pratos = 0.31 cênt.)
3 - Continente Det. Manual Platinium Gold  Concent. ( 2 gotas/ 5 l de água = 37 pratos = 0.39 cênt)
4 - Fairy Lava-loiça Manual Ultra Limão ( 2 gotas/ 5 l de água = 42 pratos = 0.65 cênt.)
5 - Fairy Lava-loiça Ultra Original ( 2 gotas/ 5 l água = 47 pratos = 0.65 cênt.)

Nota - A indicação dos cêntimos significa por lavagem.

Dicas de Lavagem :

Nunca lave a loiça à torneira .
Poupe água: para 5 l de água use 2 gotas de detergente.
Nunca ponha o detergente na esponja (esta absorve-o e gasta mais).
Não enxague a loiça antes de lavar: retire os resíduos com uma toalha de papel.
Para peças delicadas (copos) use esfregões de fibra azul.
Use esfregão de fibra verde para limpar manchas (pode riscar alguns materiais ).
Use esfregão preto para tarefas difíceis (fundo das panelas).
Antes e no final de cada utilização enxague os esfregões para evitar os maus cheiros e o crescimento de bactérias.

Com votos de Boas e Económicas Lavagens.

Beijinhos da

Bombom


NA ROTA DO ROMÂNICO - Parte IV

  O Castro de Monte Mozinho ou Cidade Morta


O Castro de Monte Mozinho, também conhecido por Cidade Morta, é o maior castro romano da Península Ibérica.
A maior parte dos vestígios remontam ao séc. I mas também foram encontrados muitos artefactos de séculos anteriores, nomeadamente desde o séc. V aC (antes de Cristo).
Por essa altura, encontrava-se a Península ainda na idade do ferro, os autóctones viviam em casas redondas cobertas de colmo, agrupadas em pequenos grupos mais ou menos dispersos.


 Castro em Monte Mozinho

Os romanos  estavam muito mais evoluídos, já na idade do bronze e viviam em casas rectangulares cobertas de telha.

 Habitações romanas

Souberam que aqui perto havia minas de ouro e entraram em negociações com os povos da região. Convenceram-nos a deixar os seus pequenos castros e a virem para Monte Mozinho. Aí construiriam as suas habitações próprias (redondas) e os romanos construiriam as suas (rectangulares).
Foi o início do Castro de Monte Mozinho.

Entrada para a cidade

Esta era a entrada principal para o interior da cidade. Sobre o monolito que se vê à direita, existia uma estátua de um guerreiro galaico, da qual foi encontrado um fragmento quando das escavações.  
A peça encontrada está na sala de Arqueologia do Museu de Penafiel.

 Fragmento da estátua de um Guerreiro Galaico (da cintura para baixo)

Neste fragmento, podemos observar o saio e os membros posteriores, numa escultura em granito.


 Acrópole

No cimo do Monte fica a Acrópole, rodeada por um muro que com uma bancada a toda a volta.

 Muro envolvente da Acrópole, com bancada

Durante as escavações foi encontrado um pote de moedas romanas em ouro, numa habitação exterior à cidade, que se encontra em exposição no Museu de Penafiel.

 Pote de moedas romanas em ouro (Castro de Monte Mozinho)

No Museu de Penafiel, na Sala de Arqueologia, podem ver-se inúmeros artefactos de várias épocas, encontrados durante as escavações do Castro de Monte Mozinho. 

 Tenho de referir que fomos muito bem atendidos pelo funcionário do Centro de Interpretação do Castro de Monte Mozinho, que nos iniciou no historial deste território .

Só é pena (e mais uma vez perdoem-me o desabafo) que no local as tabuletas explicativas estejam tão desgastadas que ninguém consegue ler nada do que lá esteve escrito.  

A placa é de metal (duradouro) mas a inscrição é de material plástico que, com o tempo, se deteriora.

 Aqui, ainda se percebe que é a Acrópole, mas nada mais.
Mais uma vez, tanto a Autarquia como o Ministério da Cultura deviam envergonhar-se deste mau serviço público.

Desejo a todos os que por aqui passarem, uma boa semana.
Beijinhos da 
Bombom 

NA ROTA DO ROMÂNICO - Parte III




             

Memorial de Ermida

O Memorial de Ermida está muito bem enquadrado num Jardim público. É um dos únicos 6 exemplares que restam no nosso país, todos nesta zona do Norte do país.
Não se sabe ao certo qual era a sua funcionalidade, pois não se encontrou qualquer registo escrito.
Faz lembrar um altar, mas a "mesa" é arredondada.
Os memoriais estavam situados perto de estradas ou cruzamentos, em zonas de passagem de funerais.

 Pormenor do suporte, do lado direito  - estilo românico rural - decorado com a cabeça de um boi

As características do Memorial de Ermida levam a pensar que foi construído em meados do séc.XIII.

          Suporte da "mesa", do lado esquerdo, com a escultura de uma cabeça de cabra.

Os Memoriais de Ermida, Sobrado, Santo António, Alpendorada e Lordelo, segundo a tradição, estão relacionados com a trasladação do corpo da Princesa D. Mafalda - filha do Rei D. Sancho I e neta de D. Afonso Henriques -  desde Rio Tinto até ao Mosteiro de Arouca onde ficou sepultada.

Nós ainda fomos a Alpendorada e ao Sobrado, mas não conseguimos encontrar os respectivos memoriais. Infelizmente, nem as Autarquias nem o Ministério da Cultura se preocupam  verdadeiramente em dar a conhecer estes Monumentos e a sua História.


Memorial de Ermida

Bom fim de semana.
Beijinhos da 

Bombom 

NA ROTA DO ROMÂNICO - Parte II


Mosteiro de Paço de Sousa


O  Mosteiro de Paço de Sousa foi fundado no ano de 961 (séc. X) e é considerado como sendo um dos maiores legados do românico no nosso país.
É no interior da igreja que se encontra sepultado Egas Moniz, aio de D. Afonso Henriques (1146).
No seu túmulo pode ler-se a inscrição: "dar a vida a troco da palavra mal cumprida".

Porta de Entrada, com as colunas encimadas por esculturas de cabeças de animais. 

Torre sineira do Mosteiro de Paço de Sousa

                       Claustros



Esta ponte antiga que atravessámos para entrar na Igreja e por onde passa um ribeirito, outrora devia ter feito parte da grande quinta do Mosteiro.



 Este Cruzeiro também deve ter feito parte do território do Mosteiro.

Bom fim de semana.
Beijinhos da

Bombom

NA ROTA DO ( ESTILO ) ROMÂNICO - Parte I

Igreja de S. Gens de Boelhe

 O estilo Românico aparece no território que é hoje Portugal em meados do séc. XI, quando Fernando Magno de Leão conquista Coimbra aos Mouros em 1064, mas é já no tempo de D. Afonso Henriques e de D. Sancho I que se dissemina pelo Norte e Centro.
Tem origem em construções monásticas e religiosas e está relacionado com a fase de povoamento e reorganização do território, depois das conquistas de D. Afonso Henriques aos Mouros. 

A Igreja Românica de Boelhe foi construída na segunda metade do séc. XIII e é considerada como um dos melhores exemplares das expressões decorativas do românico rural.

Porta de Entrada com colunatas rendilhadas 

Outro belo exemplo, é a Igreja do Salvador de Cabeça Santa, mandada construir pela filha de D.Sancho I,  D. Mafalda (neta de D. Afonso Henriques), no segundo quartel do séc XIII (cerca de 1230).

 Igreja do Salvador em Cabeça Santa

Em frente da Igreja, ergue-se a torre sineira e do relógio.

  Torre sineira e do relógio, da Igreja do Salvador de Cabeça Santa

Em baixo mostro-vos em pormenor, a parte superior das colunas que suportam a porta de entrada.

 Lado esquerdo da porta 

Os motivos escultóricos de animais, florais e humanos, são típicos do românico rural.

  Lado direito da porta

 E termino por hoje o nosso passeio. Amanhã mostro-vos mais um pedacinho deste Portugal (quase) desconhecido.
Um abraço da 

Bombom 

AS TERMAS DA TORRE - ENTRE-OS-RIOS

Edifício das Termas da Torre em Entre-os-Rios

A Quinta da Torre  onde se situa o Hotel Inatel e as Termas, fica a cerca de 4km de Entre-os-Rios, na estrada que segue para Penafiel.

 Átrio de Entrada

Durante a época em que as Termas funcionam, há Médico diàriamente. É ele que perscreve  os tratamentos.
As águas sulfurosas de Entre-os-Rios, são as que têm o teor de sulfuretos mais elevado do país.
São recomendadas para diversas doenças dos ossos, como reumático, artroses, inflamações osteoarticulares, doenças de pele como a psuríase e outras, e ainda doenças respiratórias, como asma, rinite, sinusite, etc.

 Banheira de Hidromassagem

Um dos tratamentos que fiz foi hidromassagem e não resisti a fotografar uma banheira muito antiga, hoje digna de Museu.

  
Uma banheira em mármore, relíquia dos antigos balneários, em que as massagens eram dadas com a ajuda de uma mangueira.

  
Em frente ao edifício das Termas, ergue-se uma pequena Capela dedicada a Nossa Senhora da Conceição. É muito bonita, como podem ver.

Tenham uma boa semana.
Beijinhos da 

Bombom

  

TERMAS DA TORRE - ENTRE-OS-RIOS

Ponte sobre o rio Tâmega (à esq.), onde ele se encontra com o rio Douro em frente a Entre-os-Rios

Hoje deixo de lado a Culinária para vos falar de Passeios e Paisagens, porque "nem só de Pão vive o Homem".
Depois de um inverno atribulado por causa do reumático e das artroses, fomos "a banhos" para as Termas de Entre-os-Rios que ainda não conhecíamos bem. É um sítio lindo, com imensos lugares a descobrir, na Rota do Românico (que eu desconhecia).

 Fachada do Hotel Inatel de Entre-os-Rios

Ficámos alojados no Hotel do Inatel, o  antigo Palacete do dono da Quinta da Torre, proprietário das Termas e próspero comerciante do Porto.

 Átrio de Entrada - Sala de espera e Recepção

O Hotel  e o edifício das Termas ficam envoltos  pela Mata onde passa um rio afluente do Tâmega. Tem vários espaços desportivos, como um Campo de Futebol e outro de Volley ou Badmington e diversos percursos pedestres onde se pode relaxar e curar o stress, só de olhar a beleza da paisagem.

 O Campo de Jogos e a mata envolvente.

 Este é o campo de Volley e ao fundo à esquerda, pode ver-se uma pequena esplanada ao ar livre.

Tanto o Hotel como as Termas recebem qualquer pessoa mesmo sem ser sócia do Inatel embora os sócios beneficiem de um pequeno desconto no hotel (tanto na estadia como nas refeições).
O ambiente é muito bom e o pessoal é muito simpático e prestável. O preço, em comparação com outros, é bastante acessível.
Gostei e recomendo. Amanhã falo-vos das Termas.

Beijinhos da 
Bombom