PÃO, PÃO... COM MÁQUINA OU COM A MÃO?

quinta-feira, junho 10, 2010

Ando há algum tempo com vontade de vos falar sobre este tema, pois ainda há muita gente com dúvidas àcerca da funcionalidade das máquinas de fazer pão. Há cerca de uma semana, quando visitava um dos blogs da Colher de Pau,  http://economiacadecasa.blogspot.com  , ela dava o seu testemunho àcerca deste tema e muitas foram as leitoras que comentaram e apresentaram as suas dúvidas.
Vale a pena passarem por lá pois é um blog muito interessante e com muitas e boas ideias para poupar em tempos de crise... e não só.
Eu tenho máquina há uns 4 anos e desde aí raramente vou à Padaria que abriu mesmo em frente da minha casa.
Por uma questão de economia, nunca compro as "misturas" já feitas. Compro sempre sacos de farinha Espiga ou de 1 kg ou de 5 kg (Tipo 65). É uma farinha sem fermento própria para pão. E à parte, compro os pacotes de sementes que gosto de utilizar: sésamo (gergelim), linhaça (clara e escura) e girassol são as mais fáceis de encontrar. Costumo enriquecer o  pão juntando 1 colher de sopa de gérmen de trigo ou de levedura de cerveja (rica em Vitamina B).
Também gosto de fazer pão com flocos de cereais, tipo Muesli ou Cruesli. Para isso uso o Cereal Mix Integral da Salutem: faço um pão normal e junto 2 colheres de sopa de Cereal Mix. A Diese tem uma mistura de cereais com pedacinhos de chocolate, que também proporciona um pão muito rico e agradável.
Quando se fazem estas misturas, deve-se ficar atento quando a máquina começa a bater a massa pois às vezes é necessário juntar uma ou duas colheres de água morna, para a massa ficar macia e não muito seca.
Mas o que eu queria partilhar convosco, é um estudo da DECO (Defesa do Consumidor) de que sou sócia. Na sua revista PROTESTE n° 297 de Dezembro de 2008, apresentou os resultados dos testes a 10 Máquinas de Fazer Pão (MFP).
As marcas testadas foram: Tefal, Kenwood (Ariete), Fagor, Clatronic (Mei), Far (Conforama), Morphy Richards, Ariete, Tristar e Taurus.
A melhor do teste foi a da Tefal OW 200130 (entre 65 e 80 euros).
A escolha acertada foi para a Clatronic BBA 2605 à venda nas lojas Worten (por 60 euros) e para a Far XBM 838, à venda na Conforama por 55 euros. Esta escolha tem a ver com o preço em detrimento da qualidade. Neste caso, estas duas máquinas mais baratas, têm o ponto negativo de não fazerem um bom pão no programa rápido. De todas as MFP testadas, estas duas foram as únicas que tiveram nota medíocre neste item.
O ponto fraco das MPF testadas foi o ruído que elas fazem enquanto amassam: as mais barulhentas são as Fagor PAN-850 e a Tefal OW 500130 (outro modelo, mais caro que custa entre 84 e 100 euros).
Este facto só é problemático para quem faz a programação para ter pão quente no dia seguinte de manhã, mas se as portas da cozinha ficarem fechadas, como a máquina só amassa durante cerca de 30 minutos, este problema é ultrapassado.
A Deco aconselha a antes de comprar, visitar várias lojas pois há grandes diferenças de preços entre elas. 
Se uma família utilizar a MFP para confeccionar pão de trigo branco duas vezes por semana, ao fim de quase um ano já poderá recuperar o custo.
Outras MFP há, que não foram testadas e também são boas. A minha, por exemplo, é marca EureKa e foi comprada na La Redoute. É uma marca cara, mas eu comprei na altura dos Saldos por 75 euros (o tamanho 2; o tamanho 1 é mais em conta e faz o mesmo). Já tem quase 3 anos e tem sido boa. As da Biffinet que se vendem no Lidl, também são muito baratas (40 a 45 euros) e são boas também.

E para compensar a vossa paciência para lerem isto tudo, ofereço-vos uma receita que aprendi com a Cinara do Cinara`s Place. É um pão muito agradável do tipo Brioche, que me fica sempre bem e é económico. Chama-se Pão de Challah (lê-se Ralá).

PÃO DE CHALLAH

3/4 de chávena (xícara) de água morna
1 ovo grande
3 colheres de sopa de margarina picada (uso margarina líquida Vaqueiro)
3 chávenas de farinha de trigo T65 (sem fermento)
4 colheres de sopa de açúcar
1 e 1/4 colher de chá de sal
2 colheres de chá de fermento seco de padeiro (Fermipan)

Na MFP: Primeiro  ponha os líquidos.
Deite a água morna. Bata o ovo em  omelete e adicione. Ponha o açúcar numa ponta da forma e o sal na oposta. Espalhe a margarina picada. Deite a farinha e por fim o fermento.
Programe para Pão Normal.

Desejo-vos um bom DIA DE PORTUGAL.
Beijinhos da

Bombom = Tia Fátima = Avó Fátima

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11 comentários

  1. A minha é Clatronic e até faz um pão rápido bom, embora eu fala quase use mais o programa 1 e o de Sandes. Estou muito satisfeita com ela e há mais de dois anos que não compro pão fora. As do Lidl também são muito fixes como tu dizes :) Em relação às misturas de farinha nunca usei. Gosto de fazer pão de raíz he he
    Também já fiz challah e fica uma delícia!

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  2. minha queria bonbom...comprei a minha no lidl, custou trinta e poucos euros e gosto bastante dela...mas convenhamos que só ainda utilizei meia dúzia de vezes...
    obrigada pela informação que nos transmitiu...
    Beijinho grande e bfs

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  3. A minha máquina são as mãozinhas,já pensei em comprar, mas penso que no dia a dia não é assim tão util, ou será?beijinhos

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  4. também ainda não comprei...
    tenho um padeiro que me traz à porta todas as manhãs um maravilhoso pão fresco e não o quero dispensar.

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  5. Olá Bombom,
    A minha MFP que já tem uns 3 aninhos, uma CLATRONIC, ainda não me deixou ficar mal. Tive uma certa vez uns probleminhas porque o pão não crescia, mas depressa me dei conta através das minhas viagens pelos blogs, que houve um problema com a farinha que utilizava, pois muitas meninas se queixavam do mesmo e acontecia sempre quando utulizavam aquela determinada farinha. Houve uma menina que ligou para o centro de atendimento ao Consumidor e foi até compensada pelo sucedido com a oferta de um livro de receitas. Eu comecei sem as misturas utilizando o fermento seco do Padeiro, mas embora gostasse muito do resultado, conseguia sentir sempre nos meus pães o sabor do fermento, pelo que na impossibilidade de ter sempre fermento de padeiro fresco à mão, comecei a adquirir as misturas que me têm satisfeito. Claro que de vez em quando recorro às outras farinhas, pois como diz e muito bem a Bombom: fica muito mais em conta! Também gosto da máquina para massas de pizza, para amassar apenas, cozendo depois o pão no forno..etc... Não conhecia esta receita de pão, mas vou satisfazer a minha curiosidade ainda este fim-de-semana!! Obrigada pela partilha.Um grande beijinho e um excelente fim-de-semana.

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  6. Olá Fátima!

    Ui, este tema já sabes que eu e a máquina temos uma certa aversão uma pela outra...(sorrisos)mas, gostei e muito das tuas explicações.


    beijinhos com muito carinho mesmo

    Isabel de Miranda

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  7. Olá eu tenho uma Clatronic,
    é barulhenta, e o material de que é feita não vale nada, na PÁ descascou a tinta e começou a enferrujar e no fundo tem 3 cravos para prender ao eixo e também já começaram a descascar tinta.
    A minha próxima compra vai ser Tefal de 1,5kg/cap. nunca mais compro electrodomesticos made in china.
    Está à um mês na worten em garantia e ainda não me deram resposta.

    Beijinhos e Bom Natal,
    Vítor

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  8. Bom Dia

    Vi estes comentários que fez ás MFP e como estou a pensar comprar a MFP Moulinex Uno, gostava de saber se tem conhecimento se a máquina é boa? Se não qual me aconselha? Obrigada.
    Cumprimentos,
    Torrona

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  9. Cara Torrona, tentei dar-lhe a resposta directamente, mas não encontrei o seu blog nem endereço. Isto de aparelhos electrodomésticos, é complicado de aconselhar porque mesmo quando as marcas são boas, há sempre um ou outro com defeito: é uma questão de sorte. Eu só posso transmitir a minha opinião, forjada na experiência.
    1 - Sempre que possível, compro em saldos (o caso da primeira , na La Redoute, porque são caríssimas; no fim da garantia avariou-se e deram-me outra que foi muito boa apesar de ser Made in China).
    2 - Não vale a pena comprar modelos grandes: as normais dão para fazer 3 tamanhos de pão (750g,1000g e 1,200kg).
    3 - Quando a segunda avariou, procurei na Rádio Popular e na Média Market, onde os electrodomésticos são mais baratos, mas achei-as caríssimas.
    4 - Acabei por comprar a nova MFP numa promoção do Lidl. São muitíssimo mais baratas (45 euros)são de marca italiana Silver Crest e estou muito satisfeita. As peças são fortes, o revestimento interior é de grande qualidade e faz um pão óptimo. Eles volta e meia fazem promoções de MFPs, é uma questão de estar atenta ou perguntar, se lá for.
    Se precisar mais alguma informação, utilize o e-mail do Meu Estaminé. Muito obrigada pela visita e muitas felicidades. Bjs. Bombom

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  10. ralah (ou ralót no plural) enrolam-se como se fossem tranças antes de ir ao forno. Nunca vi com ovo e não se usa fermipan. Só se pode usar fermento fresco. Porque se trata de uma receita judaica. E nas receitas de pão, judaicas, não se usam fermentos em pó.

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  11. Olá a todos(as),

    A nossa máquina de fazer pão cá de casa é usada todos os dias, pelo menos uma vez; quase nunca compramos pão fora. Contudo, a minha experiência é que estas máquinas se avariam ao fim de algum tempo, usualmente com o mesmo problema: o veio da pá começa a ficar com folga no casquilho da cuba, a máquina começa a chiar muito e acaba por ou ficar com o motor bloqueado ou a correia saltar fora. Quando não é problema com a cuba, é o casquilho do impulsor (a peça onde encaixa a cuba na máquina) que acaba por ficar rompido, levando aos problemas descritos.

    Pouco tempo depois dos dois anos de garantia, a nossa primeira máquina avariou (Morphi Richards); compramos uma Clatronic a qual também acabou por avariar pouco tempo depois da garantia; como não podiamos ficar sem MFP, compramos a terceira, também ela uma Clatronic. Contudo, com a terceira também voltou a acontecer o mesmo problema.

    Como não era viável estar sempre a comprar máquinas novas e também porque para mim, é totalmente impensável deitar fora uma máquina tão boa só porque tinha os casquilhos rompidos - casquilhos esses que se fossem vendidos separadamente seriam bastante baratos, tratei de as conseguir reparar.

    No caso da avaria da cuba, o mais simples é adquirir uma cuba nova ao representante da marca (Mei.pt no caso das Clatronic) dado que essas cubas incorporam uns vedantes junto ao veio para impedir a massa de penetrar junto a este, entrando assim para o casquilho e originando um mais rápido desgaste do dito casquilho.

    Já em relação ao desgaste do casquilho do impulsor, também o mais simples é substituir esse impulsor por um novo dado que os casquilhos usados são casquilhos especiais do tipo auto-lubrificante e adequados para suportar as elevadas temperaturas de cozedura do pão. Contudo, a substituição do impulsor obriga à desmontagem completa da máquina o que é bastante trabalhoso e requer algumas ferramentas algo especiais, como uma chave de torx para parafusos especiais e chave de fendas de haste comprida para desapertar os parafusos no fundo da parte interior da máquina, por baixo da resistência.

    O problema é o custo das peças em relação ao preço da máquina nova: um impulsor novo para a Clatronic custava na Mei, quando os comprei, 12,5 euros + IVA + portes, ficando assim por cerca de 21 euros. Se a máquina precisar também de uma cuba nova, então acresce o preço desta de cerca de 15 euros ficando a reparação por cerca de 36 euros, só em material, sem contar com a mão d'obra...

    Mas quando a avaria é apenas numa das peças, compensa perfeitamente efectuar-se a reparação até porque, como disse acima, não faz sentido deitar fora uma máquina excelente em todos os aspectos só porque a mesma tem um casquilho rompido...

    Se alguém na zona do Porto/Vila Nova de Gaia tiver uma máquina com uma avaria no impulsor e que esteja disposto(a) a pagar 30 euros pela reparação da mesma, com o custo da peça incluido, pode entrar em contacto comigo que já tenho muita experiência em reparar estas máquinas. O meu contacto é: paulo.santos901 @ gmail.com (retirar o espaço antes e depois do "@").

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